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Imagem: Reprodução |
Nunca imaginei que estivesse à procura da quinta essência. Para ser
sincero, não sabia o que isso representava. Sentido elevado ao mais alto grau.
Quero ser elevado. Ter a história de
amor exemplar, uma carreira satisfatória e promissora – e quando me refiro a
isso não estou falando do desejo medíocre de alcançar riqueza material,
menciono o simbólico, abstrato-, a vida sem erros e ensaios. O triste é que
para muitos o desejo está, e permanecerá, confinado no mundo dos sonhos. Já
disse anteriormente que somos totalmente responsáveis por nossas decisões. Mas
não descarto a ideia de que a vida se encarrega de nos dar oportunidades.
Algumas uma única vez e outras por várias tentativas. A vida será surpreendente
se a tratarmos dessa maneira. Soa um tanto piegas, mas gosto de exemplificar o
amor. Quantas vezes perdemos a oportunidade de viver um belo romance por medo
de um fim doloroso? Temos tanto respeito pela incerteza que não ousamos
desafiá-la. E o currículo emocional de nossa passagem por esse sistema deixa de
ser preenchido, fica vazio, faltando dados. As imagens mais importantes,
emocionantes, passam despercebidas. Tudo exige muita atenção, a vida é cheia de
subtextos - aprendi há poucos dias numa série da TV. É como uma mosca que
durante o voo ao se distrair pode ser pega de surpresa por seu predador e
perder prematuramente um tempo valioso de sua já breve existência. Ai! A quinta
essência. Está no brilho de um olhar perdido? Na resposta involuntária de uma
pergunta não feita? Somos capazes de perceber quando alguém diz o nosso nome de
maneira diferente e captar que ali existe uma vibração de amor? Ou de calcular
o quanto amamos alguém quando esse ser nos vê passar por uma situação de
ridículo? O sentido elevado do viver está ao nosso dispor. Vamos usufruí-lo.
Como dizia uma personagem operística, melhor que possuir é usufruir. Mas essa é
outra história!
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