terça-feira, 14 de março de 2017

Pode sair, nem senti sua presença




Resultado de imagem para a febre do uso do smartfone


“Não tenho interesse em falar com você. Sua presença não significa nada pra mim. Não estou interessado em ouvir uma palavra que sai da sua boca. Quando pergunto se está ‘tudo bem’ é por pura educação forçada. Não sei nem a cor dos seus olhos. Não me recordo onde o conheci e porque continua a insistir uma amizade/relacionamento comigo. Não entendo como sua ficha ainda não caiu. Será que não percebe que meu diálogo com você se limita a ‘aham’, ‘sei’, ‘uhm’, ‘prossiga’ (com cara de poucos amigos)?! Sou M-O-N-O-S-S-I-L-Á-B-I-C-O! Isso quer dizer muita coisa. Não compreender esse tratamento é falta de interpretação da vida.
Agora me pergunta: ‘Por que você nunca falou isso claramente?’ Na verdade, detesto ter que ficar me explicando para pessoas como você. Tenho preguiça, muita preguiça. Ah... E quando estou rindo não é de você, muito menos para você. Sou realmente indiferente. Sua presença não me faz diferença. Para você estou constantemente atrasado, tenho muito trabalho, estou sempre ocupado.
 Já falei que nem sei a cor dos seus olhos, né?! Pois é, nem suas roupas reparo. Nem sei se está careca, com peruca, mudou o cabelo. Para te dizer a verdade, se me perguntar seu nome agora vou custar a lembrar. Te bloqueio da minha mente. Não há qualquer registro seu em meu mundo particular. Poderia me fazer um favor? Visto que não existe no meu mundo particular, poderia se retirar da minha presença física. E não se preocupe em dizer ‘tchau’. Nem vou me lembrar que um dia esteve aqui.”
 Tudo isso era o que o casal da mesa ao lado no restaurante dizia um ao outro silenciosamente, ao estar cada um com seu celular na mão verificando suas atualizações pessoais sem se olhar durante o almoço.