sexta-feira, 31 de maio de 2013

"De tudo ficam três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando
A certeza de que é preciso continuar
E a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminarmos.
Devemos fazer da interrupção um caminho novo,
Da queda uma dança
Do medo uma escada
Do sonho uma ponte
Da procura um encontro"

- Fernando Sabino

quinta-feira, 30 de maio de 2013

"... toda noite eu escuto um (...) chiado no meu coração, eu sei que é o som da chacina de tudo que se atreve a habitar no meu peito nesse dia. Toda manhã quando eu acordo, várias coisas novas nascem no meu ser e eu sinto aqui dentro uma confusa reciclagem de uma mistura de saudade do que fui ontem, com uma curiosidade do que eu sou hoje, se esfregando na angustia do que eu me tornarei amanhã..." - Rodrigo Cruz

terça-feira, 28 de maio de 2013

Insigth II

 Ela ainda não chegou! Essa é única certeza que tenho hoje. Penso nela todos os dias, tenho uma nítida lembrança do que ainda não aconteceu. A espero ansiosamente, mas já me aconselharam a não me preocupar com isso, pois as melhores coisas acontecem quando menos esperamos. Prefiro mentalizar, fazer o fabuloso quadro mental. Talvez ainda não tenha chegado à minha 'matura idade' para viver uma história romântica moderna, como as idealizadas por Falabella. Sempre fui um grande admirador dos personagens de filmes e seriados bem sucedidos na vida profissional e aparentemente bem resolvidos, mas totalmente indecisos quando ao amor. Me tornei um desses. Não que eu seja necessariamente indeciso, apenas não encontrei o que idealizei. E talvez não ocorrerá, no imaginário dos pessimistas. Ainda não houve o pedido de um empréstimo de celular que mudasse minha vida totalmente, ou aquela que sorrisse com os olhos. Gosto de estar só e imaginar como será nossa vida juntos, nos banhos de chuva e outros programas que não exijam tantas palavras ditas. Ela consegue me inspirar antes que a conheça. Vou reconhecê-la, tenho certeza disso! Você sabe o que é acordar no meio da madrugada e ficar pensando naquele pessoa? Pensando em que ela poderia estar pensando agora, ou se está apenas dormindo porque já são altas horas!? Sem dúvida, será algo que compartilhará comigo futuramente. Gosta de uma vida tranquila e reflexões noturnas. Me fará enxergar o brilho do luar sem precisar abrir as janelas, sem necessidade de abrir um buraco no teto. Oro por ela todas as noites, e ainda não a conheço. Que loucura! Quando disser meu nome soará de modo íntimo, como se este nome sempre já tivesse habitado seus pensamentos. Afinal, sempre estivemos conectados.

Maio - Kid Abelha



Artista: Kid Abelha


Maio
já está no final
O que somos nós afinal
se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
longe demais

Maio
já está no final
É hora de se mover
prá viver mil vezes mais
Esqueça os meses
esqueça os seus finais
esqueça os finais

Eu preciso de alguém
sem o qual eu passe mal
sem o qual eu não seja ninguém
eu preciso de alguém

Composição: George Israel / Paula Toller

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Insigth

Sempre à procura do que não sabia conheci e me impressionei com pessoas vazias. Hoje tive um 'insigth'. Procuro aquela que se interessa voluntariamente pela poesia de Neruda, debate a filosofia de Marx e proponha uma nova ideia para o modelo ideal de sociedade. Seja apaixonada pelas canções de Chico Buarque. Ouça Ary Barroso acompanhada de um bom vinho e momentos de reflexão. Compreenda a profunda essência da história de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe, não aquela superficial que os populares costumam divulgar. Que não exista sem mim e, muito menos, eu sem ela, ou que acreditemos nisso. A mulher que em minha ausência continue vivendo e não tenha o interesse de conhecer, ou ter, outro companheiro, assim como aconteceria se ela se fosse primeiro. Espero que brigue comigo, mas por querer ler o mesmo livro de cabeceira. Saberá definir a arquitetura de Reidy, a poesia do luar e as canções de Olívia & Francis Hime. Nos seus dias de loucura me convidará para tomar banho de chuva, sem pensar nas possíveis consequências, e no dia seguinte quando estivermos resfriados dirá que deseja fazer tudo de novo. Me ensinará a cantar Smile e, antes de rir do meu péssimo inglês, se emocionará com a letra dessa linda canção. Receberemos nossos amigos e familiares em nosso lar nas tardes de domingo e quando estivermos a sós, depois de limpar a bagunça que os convidados nos deixaram de lembrança, sentaremos no jardim e não diremos nada, pois estar juntos sempre será o suficiente. Não se preocupará exageradamente com roupas e joias, ela tem consciência de que as pérolas e criações Dior são apenas complemento de sua beleza natural e de seu belo e invejável sorriso. Curioso! Ela vai diariamente à academia, mas não está nem aí para o estereótipo imposto pela mídia. Ela o faz por questão de saúde. A linda mulher que sorri com os olhos. E que caso venha a se separar de mim ficará furiosa quando eu sair e levar apenas minha carteira com documentos e os vinis de Emílio Santiago, Tom e Vinícius, que são os nossos prediletos. Nossa canção será uma versão moderna de um clássico na voz de Taís Alvarenga. E me dirá: 'Teremos um filho! E ele virá como um presente, não forçaremos nada.' Acharei admirável e esperarei ansiosamente por nosso lindo presente. Por incrível que pareça, não será obsessiva, não dirá 'eu te amo' desnecessariamente. É sábia, humilde e perspicaz.Trata bem garçons. Confessará, depois de algum tempo de relação, que era fã incondicional de Sandy e Júnior na adolescência, e acharei a maior graça. Jamais precisaremos de espelho, pois nos vemos pelo espelho dos olhos um do outro. Nos completaremos no dia exato em que nos conhecermos. Nos reconheceremos. Quando me ver pela primeira vez pensará na mesma coisa que eu, mas ainda não sei o que pensaremos, pode ser qualquer coisa.

domingo, 26 de maio de 2013

"Existe um prazer na solitude, que é bem parecido com aquela sensação de alegria da infância, de quando queríamos ficar sozinhos e os adultos não deixavam. A palavra "adulto" vem de "adulterar". Pois é, os "adultos" continuam nos impedindo de ficar só. Só que agora, já nos disseram tanto que "só" não pode, que passamos a acreditar que "só" é triste... Devemos resgatar a alegria infantil da solitude, essa atitude inata de gostarmos da nossa própria companhia." - Fábio Enriquez

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Uma declaração de amor completa



Titulo Erasmo Carlos: 50 Anos de Estrada - Ao VivoMedley: Desabafo; Olha; Proposta; Cavalgada; Café Da Manhã; Os Seus Botões; Detalhes; Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo; Como É Grande O Meu Amor Por Você.                                                    

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A realidade é que tem muito louco se fazendo são e muitos que gozam da plena sanidade mental se fazendo de louco.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Um Abraçaço

 

Caetano Veloso

Dei um laço no espaço,
Pra pegar um pedaço,
Do universo que podemos ver.

Com nossos olhos nús,
Nossa lentes azuis,
Nossos computadores luz.

Esse laço era um verso,
Mas foi tudo perverso,
Você não se deixou ficar.

No meu emaranhado,
Foi parar do outro lado,
Do outro lado de lá, de lá.

Ei! Hoje eu mando um abraçaço...
Ei! Hoje eu mando um abraçaço...
Ei! Hoje eu mando um abraçaço...
Ei! Hoje eu mando um abraçaço!

Um amasso, um beijaço,
Meu olhar de palhaço,
Seu orgulho tão sério...

Um grande estardalhaço,
Pro meu velho cansaço,
Do eterno mistério.

Meu destino não traço,
Não desenho, disfarço,
O acaso é o grão-senhor.

Tudo que não deu certo,
E sei que não tem conserto,
No silêncio chorou, chorou...

terça-feira, 21 de maio de 2013

NAMORE UMA GAROTA QUE VIAJA




Namore uma garota que viaja. Uma garota que prefira gastar seu dinheiro numa viagem no final de semana, uma viagem 'bate-e-volta' que seja a torrar numa promoção do shopping. Ela anda com calçados confortáveis, pois nunca sabe qual distância ela irá andar aquele dia, afinal, ela não reconhece as distâncias como barreiras na vida.

Ela estará na rodoviária com um mochilão no próximo final de semana, ou em shows de bandas que você nunca ouviu falar "porque conheci eles a um ano atrás, viajando".

Ela carrega na bolsa lembranças de vários lugares diferentes, e sempre tem um lanchinho ou uma garrafa d'agua dentro dela, pois vai que ela não volta pra casa naquele dia? É marcada em mil fotos diferentes, de pessoas que moram bem longe dela, coleciona presentinhos que ganhou dos amigos que conheceu pela estrada, tem planos para viajar pelos próximos 5 anos para rever todos que teve que deixar pelo caminho. Encontra pessoas no meio da rua em um lugar bem longe onde jamais você conheceria alguém, e você verá que do outro lado do mundo tem alguém que a olha com o mesmo sorriso bobo que você faz quando a vê.

Ela não será a pessoa mais bem vestida por aí, porém a pele queimada de sol e o corpo com os músculos naturalmente desenhados de tantos dias nas montanhas combinadas com brincos Sulamericanos, uma mochila da Espanha e sapatos da Ásia farão uma combinação de estilo tão único, tão vibrante, que você já saberá alguma coisa sobre ela antes mesmo de perguntar seu nome. Não jogue com ela, não diga que ela é linda, pergunte de onde vem essa camiseta que ela veste, escute-a, veja a simplicidade da resposta e não se preocupe: você viajará com os "causos" delas antes mesmo que perceba isso.

Ela lê livros de viagens, escuta Eddie Vedder na estrada, sabe nome de lugares maravilhosos os quais você nunca havia ouvido falar antes. Fala com uma paixão sobre os lugares que é impossível não ter vontade de pedir demissão amanhã do trabalho, colocar a mochila nas costas e ela do lado. Muitas vezes vai te surpreender resolvendo coisas de um jeito totalmente novo, dizendo quando vir sua cara de espanto "é que uma vez quando eu estava viajando, aconteceu algo assim e...". Ela vai querer te levar em todos os lugares em que esteve sozinha, e pensou como seria bom se estivesse acompanhada, vai fazer uma lista com você de "coisas para se viver esse ano", vai completar com toda certeza, vai trazer cenários de filmes para sua vida, vai te fazer acreditar passar a noite num saco de dormir com o céu estrelado te faz sentir muito mais especial que qualquer quarto de hotel estrelado.

Namore uma garota que viaja porque ela ama a vida. Ela não tem tempo para picuinhas, sabe que a vida voa, e que é melhor amarmos agora, na maior da intensidades, porque nunca se sabe que curso a vida tomará amanhã. Você pode ir embora, se apaixonar por outro lugar, por outra vida, que não a inclua. Ela pode reclamar, mas sabe bem que isso acontece. Vai vibrar com suas conquistas que te levem pra longe dela, pois sabe o prazer que o desconhecido causa, e sabe também que as distâncias jamais levam as pessoas que amamos de verdade de nós, pelo contrário, as fixam que nem tatuagem. Não tem muitas coisas materiais, sabe que roupas desnecessárias na mala significam um problema de coluna por peso, passa dias e dias apenas com algumas peças, e continua linda se ver: ela se veste dela mesmo, e não há como bater isso.

Não siga padrões com ela. Não faça nada que envolva muito dinheiro com ela. Escolha o caminho mais bonito da cidade para atravessar a cidade do trabalho dela até a sua casa, ou até o restaurante de comida peruana mais próximo, preste atenção nos comentários que ela fizer sobre as coisas no caminho. Uma garota que viaja tem um olhar aguçado de uma criança, vai te fazer reparar numa planta florida, num 'grafiti' fantástico que você nunca reparou, num anúncio colado no ponto de ônibus de um show interessante, vai definir os lugares pelos cheiros agradáveis no ar: "Roma tem cheiro de pizza, que nem esse cheiro agora". Tudo coisas que de dentro de um carro importado com o ar condicionado ligado, não aconteceria.

Você viverá o momento presente como nunca. Ela te chamará atenção para tudo que está a sua volta, e não na briga que tiveram ontem. Ela vai ser a trilha sonora da tua vida.

A garota que viaja sabe te ouvir. Já ouviu muita gente do mundo inteiro, e o que alegrava os dias mochileiros dela era justamente se inserir nas histórias de tão longe. Ela repara o que ninguém repara no que você fala, só você havia prestado atenção nisso. Ela te ajuda sem esperar o retorno imediato, sabe como é essa vida, já foi ajudada inúmeras vezes na estrada sem que a pessoa pedisse um tostão de volta, e voltou para casa certa de fazer tudo diferente, pois sabe o quanto isso pode significar na vida da outra pessoa. Ela não liga para coisas pequenas como datas e presentes, ela liga para o quanto você andou para encontrá-la, o que você prestou atenção das coisas que ela te disse para mandar uma mensagem no celular dizendo "tá tocando aquela música que você disse ser a música de Cuzco. Saudades!" e provavelmente a resposta será: "Escutaremos ela de novo, lá".

De repente, sua vida tomará um ritmo acelerado, cheio de novidades. Porém não descuide: traga novidades para a vida dela também, mantenha a curiosidade dela sempre acesa. É indispensável que fique na sua cabeça que estamos falando de uma menina apaixonada pela vida. Logo, não corte suas asas. Ela vai, caso você não possa ir. Ela volta, porque você é o motivo para ela se lembrar do caminho de volta. Acompanhe-a sempre que puder, e não espere para propor qualquer programa para ela, por mais louco que julgue ser. Ela vai sorrir e bolar várias coisas a mais para complementar o plano de vocês, e vai se encantar com sua energia. Ela sabe se encantar pelas coisas boas da vida, seja uma delas! Então juro: não há o menor risco de se arrepender.

Casamento é algo que assusta a maioria das garotas viajantes, mas no fundo é o que mais elas querem: alguém que elas possam rir tomando "uns bons drinks" relembrando as histórias de 1, 2, 8 anos atrás, alguém que tope uma casinha simples num lugar paradisíaco, e mesmo que você não faça a linha radical, que tire as fotos do rafting que ela estava louca para fazer, e a ajude a contar depois para os outros como foi a loucura, com a mesma empolgação. É, você vai se empolgar. Ela vai te propor um casamento numa montanha, com o Sol nascendo, ou na fazenda de um dos seus amigos, só com aquelas 50 pessoas que com toda certeza irão. Seja lá o que for, vai ser incomum, impensado como ela é, impensável, imprevisível. E a lua de mel, não espere menos que um mochilão! Menos dinheiro em cada lugar, mais lugares no itinerário, vários passeios e comidas curiosas encontradas pelo caminho que não são oferecidas pelas agências de viagens. Aliás, agência o que?

A menina que viaja não tem medo da idade, não tem medo das responsabilidades, das obrigações: ela já viu inúmeras soluções para cada caso por aí, já tem tudo montado na cabeça. A família de vocês vai ter um conhecimento de mundo incrível. Seus filhos vão saber o valor de cada refeição que tem, de cada teto que dormem, de cada monumento histórico que encontram na frente. Ela vai os ensinar respeitar e amar incondicionalmente a natureza, e ter uma habilidade incrível de se enturmar com qualquer tipo de pessoa do mundo. Serão pessoas bem queridas onde quer que vão, se depender de vocês. Ah, e não se esqueça do cachorro(s).

Pense nela aos 60: mesmo sorriso, mesmas andanças. O que te atrair nela, provavelmente será pra sempre, invariável com o tempo. uma pessoa acumulou uma qualidade de experiências notória, e que a cada dia que passa se divertiu com menos, se aborreceu com quase nada. Já terá vivido tanta coisa por aí que será a atração dos netos de todas as idades, explicando o significado do quadro Maya estranho na parede, e fazendo a dança indiana no casamento de um deles. Esse tipo de alegria nunca se apaga, só se prolonga, e se espalha a quem a cerca.

Namore uma menina que viaja. Se ela te escolher, acredite: já passou tanta gente pela vida dela, de longe, de perto, pouco tempo, muito tempo, e se ela te escolheu é porque ela realmente GOSTA de você. Sem inseguranças ou interesses, ela gosta de você e pronto. Deixe-a te carregar pela mão, durma no colo dela nas rodoviárias, delicie seu miojo de acampamento. Deixe o mundo ser apresentado a você, caso ainda não tenha sido, e veja como alguém pode, definitivamente, ser a chave da sua alegria.

Fonte: https://www.facebook.com/AloAloMarciano

domingo, 19 de maio de 2013

"A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher."
  - Charles Chaplin

sábado, 18 de maio de 2013

Nosso maior inimigo somos nós mesmos. Somos nós contra nossos desejos, ansiedades e histórias. Essa luta interna é a mais brutal que existe, a de maior responsabilidade que travamos. As sábias decisões que tomamos são a grande oportunidade de vencer tais lutas.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Eu sei, mas não devia



Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

“Ser forte, na verdade, não é ser indestrutível e impenetrável. É saber lidar com sua fraqueza. E viver, mesmo sabendo que a vida, eventualmente, pode te deixar em pedaços. E que esses pedaços nunca serão consertados ou refeitos. No máximo, serão colados e, mesmo assim, nunca serão como antes. Ser forte é abraçar esses pedaços remendados e saber que são eles que definem quem você é.”
- Iolanda Valentim

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Palavras, apenas palavras

As palavras estão por aí, pelos ares. Sempre estiveram! Quando as perdemos sentimos um vazio doloroso. Às vezes elas (as palavras) têm o hábito de brincar de pique esconde, este é aquele momento em que ela está na 'ponta da língua' e fora da mente, se perdeu em algum lugar dentro de nós. Há pessoas que as guardam como um tesouro valioso, outras as desperdiçam inconsequentemente, já outras lançam-na 'aos porcos' e ainda aqueles que as utilizam no tempo certo, com sabedoria. Palavras descrevem coisas concretas facilmente e o abstrato depende muito de quem as domina. Ah! O abstrato... Como definir? O céu azul, é justo dizer que ele é infinito? O 'infinito' (termo) também limita. Afinal, descrever é limitar qualquer coisa ou pessoa. Necessitamos, dependemos, de descrições indescritíveis. O poeta R. Carlos queria dizer algo que com palavras era impossível se expressar. É possível descrever a beleza do vôo de um pássaro? Nunca estamos saciados de definições, pois continuamos à procura de novas versões. Estamos errados? Acredito que não! O que faltam são palavras para nossa imensa curiosidade e contínua busca de significados.

terça-feira, 14 de maio de 2013

"Se me fosse possível dar um conselho a cada ser humano eu lhe diria: não seja inútil. Deus não tolera desperdício de energia!" Ana Beatriz Barbosa Silva

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Palavras Ao Vento

A primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra
amor e se acha importantíssima por isso!
Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de
pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau
mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz
"abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em
príncipe e vice-versa...
Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser
coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.
Com C, "calendário", que é onde moram os dias e (...)
esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data
marcada. "Civilizado" é quem já aprendeu a cantar ´parabéns pra
você` e sabe o que é "contrato": "você isso, eu aquilo, com
assinatura embaixo".
Com D , se chega à "dedução", o caminho entre o "se" e o
"então"... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que
falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma
palavra que pretende ser beijo.
E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de
"escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as
estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem
também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por
quem ganhou um pirulito, por exemplo...
F é para "fantasia", qualquer tipo de "já pensou se fosse
assim?"; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de
verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é
toda certeza que dispensa provas.
A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a
confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo
mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem
se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e
sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.
Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do
dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer
coisa que tenha acontecido ou sido inventada.
O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de
aniversário, queira ou não queira.
J de "janela!, por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim",
que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar
assim.
L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do
que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se
espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só
pode ser completamente louco.
M de "madrugada", quando vivem os sonhos...
N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho
por dentro.
O de "óbvio", não precisa explicar...
P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram
que foi Deus que inventou.
Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.
E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.
S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de
"segredo", aquilo que você está louco pra contar (...)
T é de "talvez", resposta pior que ´não`, uma vez que ainda
deixa, meio bamba, uma esperança... de "tanto", um muito que até
ficou tonto... de "testemunha": quem por sorte ou por azar, não
estava em outro lugar.
U de "ui", um "ài" que ainda é arrepio; de "último", que anuncia
o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade
de virar nenhum, pede cuidado.
Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de
"volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que
querem que ela queira.
E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma
palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e
de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o
português.
Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi
usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro
não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava
liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom
motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça
da gente ao final de um dicionário inteiro.


Composição: Adriana Falcão

sábado, 11 de maio de 2013

O lixo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com o seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
— Bom dia.
— Bom dia.
— A senhora é do 610.
— E o senhor do 612.
— Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
— Pois é ... — Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo ...
— O meu quê?
— O seu lixo.
— Ah...
— Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena.
— Na verdade sou só eu.
— Humm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
— É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar.
— Entendo.
— A senhora também.
— Me chama de você.
— Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim.
— É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sozinha, às vezes sobra.
— A senhora... Você não tem família?
— Tenho, mas não aqui.
— No Espírito Santo.
— Como é que você sabe?
— Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
— É. Mamãe escreve todas as semanas.
— Ela é professora?
— Isso é incrível! Como você adivinhou?
— Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
— O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
— Pois é ...
— No outro dia, tinha um envelope de telegrama amassado.
— É.
— Más notícias?
— Meu pai. Morreu.
— Sinto muito.
— Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
— Foi por isso que você recomeçou a fumar?
— Como é que você sabe?
— De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
— É verdade. Mas consegui parar outra vez.
— Eu, graças a Deus, nunca fumei.
— Eu sei, mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...
— Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.
— Você brigou com o namorado, certo?
— Isso você também descobriu no lixo?
— Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
— É, chorei bastante, mas já passou.
— Mas hoje ainda tem uns lencinhos.
— É que estou com um pouco de coriza.
— Ah.
— Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
— É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
— Namorada?
— Não.
— Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
— Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
— Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
— Você está analisando o meu lixo!
— Não posso negar que o seu lixo me interessou.
— Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la . Acho que foi a poesia.
— Não! Você viu meus poemas?
— Vi e gostei muito.
— Mas são muito ruins!
— Se você achasse eles ruins mesmos, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
— Se eu soubesse que você ia ler ...
— Só não fiquei com ele porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
— Acho que não. Lixo é domínio público.
— Você tem razão. Através dos lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
— Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
— Ontem, no seu lixo.
— O quê?
— Me enganei, ou eram cascas de camarão?
— Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
— Eu adoro camarão.
— Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... Jantar juntos?
— É. Não quero dar trabalho.
— Trabalho nenhum.
— Vai sujar a sua cozinha.
— Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
— No seu lixo ou no meu?
Luis Fernando Verissimo

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A DANÇA



"Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho."
 
 - Pablo Neruda

quinta-feira, 9 de maio de 2013

"Somente o amor verdadeiro nos faz transcender as misérias da condição humana." - Ana Beatriz Barbosa

quarta-feira, 8 de maio de 2013

É muito consolador saber que, por pior que seja a nossa situação, podemos fazer um “pedido de favor” a Jeová. (Sal. 55:1) Contudo, ao orarmos para ser livrados de uma situação provadora, é sábio examinar nossas motivações. Pensamos exclusivamente em nos livrar do problema ou mantemos em mente Jeová e seus propósitos? Por causa do sofrimento pessoal podemos ficar tão absortos na nossa própria situação que a preocupação com assuntos espirituais fica em segundo plano. Ao orarmos pedindo ajuda, focalizemos a mente em Jeová, na santificação de seu nome e na vindicação de sua soberania. Isso pode nos ajudar a manter um conceito positivo mesmo que não venha a solução que esperamos. Em alguns casos, a resposta às nossas orações talvez seja que simplesmente precisamos continuar a suportar a situação, com a ajuda de Deus. — Isa. 40:29; Fil. 4:13. w11 15/11 1:7, 9

terça-feira, 7 de maio de 2013

A regra dos 5%

A lição de hoje sai de um pequeno livro do Max Gehringer chamado Clássicos do Mundo Corporativo. Tenho a certeza de que em algum momento da sua vida você já se identificou com essa regra e por isso essa pequena história ficará guardada em sua memória, assim como ficou na minha.
A regra dos 5%


"Segundo essa regra, de tudo o que escutamos, vemos, falamos, lemos ou escrevemos todos os dias apenas 5% realmente interessam. O restante é descartável.
imagem.dll?pro_id=2242112&L=125&qld=50&A
Da mesma forma, de cada cem estagiários contratados por empresas, apenas cinco chegarão ao cargo de chefia. De cada cem pequenos negócios que são abertos, apenas cinco se transformarão no sucesso que o dono sonhava. De cada cem bons alunos, apenas cinco repetirão na vida profissional o bom desempenho que tiveram na escola. Um teste que fazia comigo mesmo era me perguntar como havia gasto minhas duas horas de criatividade na semana anterior. Na maioria das vezes, descobria que havia simplesmente, engolido pela rotina.
Essa lição dos 5% devo a meu saudoso professor Wantuil. Certa vez, durante uma daquelas algazarras incontroláveis em classe, o professor Wantuil, calmamente, disse que os 95% de alunos que quisessem persistir na bagunça poderiam continuar à vontade porque ele estava interessado em dar aula apenas para os 5% que iriam ser alguma coisa na vida. A classe imediatamente ficou em silêncio, porque todo mundo sempre se considera parte dos 5%.
Não sei se a lição funcionou no meu caso, mas certamente funcionou no caso do professor Wantuil. Porque devo ter tido cerca de cem professores na vida e ele é um dos cinco de que ainda me lembro."
A moral da história é bem simples e você já está cansado de ouvi-la. Não seja mais um na multidão. Simples no papél e difícil na prática, hoje o que vemos é que está cada vez mais difícil se posicionar entre os 5%, a "multidão" está imensamente preparada, muito mais do que antigamente.E o que devemos fazer para conseguir entrar nessa seleta lista? Uma dica vem da contracapa do livro O verdadeiro Poder de Vicente Falconi, tão simples quanto interessante ela diz o seguinte:
Segundo Maslow, o famoso psicólogo americano autor da Hierarquia das Necessidades, cada ser humano possui um "ritmo de aprendizado", ou seja, cada pessoa consegue aprender um certo numero de coisas por dia e nada mais que aquilo.
O problema é que cada dia perdido de aprendizado é irrecuperável pois cada dia tem sua própria cota.
A boa notícia é que, uma pessoa de potencial mental médio pode, depois de um determinado número de anos, saber mais coisas que uma pessoa de alto potencial mental, dependendo do nível de aprendizado diário.
Agora você entestudar1.jpgende por que aquele seu amigo nerd do cursinho insiste em estudar TODOS os dias? Ele sabe que ficar um dia sem adquirir nenhum conhecimento é um dia perdido, e que não será produtivo se tentar recuperar esse dia estudando o dobro na semana. Pode até tentar, mas não conseguirá absorver tantas informações de uma só vez de maneira eficiente, é preciso respeitar o nosso "ritmo de aprendizado".

Ao longo da minha faculdade conheci pessoas brilhantes que se destacaram não por se considerarem inteligentes, pelo contrário, elas se diziam esforçadas. Também conheci gênios que deixaram muito a desejar por se acomodarem junto à multidão.

Eu não nasci gênio, como 99% da população também não nasceu. O que nos resta, após ler esses dois casos citados é que precisamos compensar a falta desse dom sendo uma pessoa esforçada.

Mas a questão é, quem está disposto a encarar esse desafio?

E a resposta é, apenas 5%.

Texto originalmente publicado no meu blog -> Diego Andreasi

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Câmeras de segurança também capturam coisas boas.


Music: "Give a Little Bit" Written and Performed by Roger Hodgson


Ótima campanha daqueles que estão cansados da divulgação somente das coisas ruins que acontecem em frente às câmeras de Segurança.

Comercial da Coca-cola

www.blogmais.org

domingo, 5 de maio de 2013

TRECHOS DO ÚLTIMO DISCURSO DO FILME: O Grande Ditador - Charles Chaplin




Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. 
Gostaria de ajudar - se possível.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. 
Os seres humanos são assim. 
Desejamos viver para a felicidade do próximo - 
não para o seu infortúnio. 
Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? 
Neste mundo há espaço para todos. 
A terra, que é boa e rica, 
pode prover todas as nossas necessidades.


O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. 
A cobiça envenenou a alma do homem ...
 levantou no mundo as muralhas do ódio ... 
e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. 
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. 
A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. 
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. 
Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. 
Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.
 Sem essas duas virtudes, 
a vida será de violência e tudo será perdido.


A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. 
Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. 
Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. 
Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas!
O poder de criar felicidade! 
Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... fazê-la uma aventura maravilhosa. 
Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. 


 Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade.  A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. 

Erga os olhos!

sábado, 4 de maio de 2013

"Explica pra assistente social, que pai de gente igual a gente, não sabe usar a mente só o pau. Que quem educa "nós" na escola estadual, joga na cara todas as manhas que ganha mal. É incrivel quantos de nós , senta no fundo da sala pra ver se fica invisivel. Calcula o prejuizo. Nossas crianças sonha que quando crescer, vai ter cabelo liso."
Fonte: página pessoal de Júnior Vieira.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

'Trecho Chason du mois de mai (canção do mês de maio)'



O burro, o rei e eu
Estaremos mortos amanhã
O burro de fome
O rei de tédio
E eu de amor
No mês de maio

A vida é uma cereja
A morte um caroço
O amor uma cerejeira.
 
 - Jacques Prévert

quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Estamos diante de um fracasso social, uma grande contaminação, uma inversão de valores onde o bem começa a perder suas forças. Porém, diante de tanta nuvem, discórdia e lamúrias, perdemos o entusiamo, a alegria e a vontade. Somos submetidos a situações que emocionalmente nos enfraquece, nos consome a alma e sem perceber fazemos aquilo que não condiz com a nossa conduta.
(...)
Mais uma vez peço que acreditem e confiem, vamos nos unir e tentar, pelo menos, manter a Paz e a Ordem (...). Se cada um fizer a sua parte o resto vai fluir naturalmente. Vamos olhar adiante..."

 - Sâmila Monna Lisa

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"Nossos desejos influem no modo como ouvimos. (2 Ped. 3:5) Jeová nos projetou com a notável capacidade de ignorar ruídos indesejados. Pause por um instante e se concentre em quantos sons distintos você pode detectar agora mesmo. Provavelmente você não os havia notado antes. O sistema límbico do cérebeo estava ajudando você a se concentrar numa coisa e, ao mesmo tempo, sustentando sua capacidade de ouvir uma variedade de sons. mas pesquisadores descobriram que a tarefa de diferenciar simultaneamente muitos sons fica mais difícil quando se trata de ouvir a linguagem humana. Isso significa que, ao ouvir duas vozes ao mesmo tempo, você tem de escolher a qual delas dará atenção. Sua escolha dependerá de qual das duas você deseja ouvir. (...)
 Nós recemos mensagens da 'casa da sabedoria' e da 'casa da estupidez'. (Pro. 9:1-5, 13-17) Tanto a sabedoria como a estupidez insistem em nos chamar, por assim dizer, o que nos dá oportunidade de escolha. A qual convite aceitaremos? A resposta depende de a quem você quer agradar. (...)"

Fonte: w13 15/02 págs. 27-8 §§ 13-4