quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Combinado


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Então você vem. Está tudo certo. Estou à sua espera. Além das malas, traga o que não tem tamanho. Traga o que não tem dimensão. Traga o invisível aos olhos. Sim! É uma exigência da minha parte. Na minha ‘casa’ não cabe rancor, mal dizer e discórdia. Coisas como essas são pesadas demais.
Desejo que venha leve. Sim! Quase flutuando. Chega logo. Mas venha com luz interna que extrapola pelos olhos. Vem com brilho. Com dignidade. Chega mais, na humildade. Achegue-se com bom humor. Vem na parceria. Deixe o julgamento com os juízes. Quando julgamos carregamos um fardo pesado demais. E já disse que te quero ver suave. Chega logo! E de coração aberto. Traga amor. Não esquece. Muito amor. Aqui já tem. Mas cabe sempre mais. Muito mais. Por favor, amor sem fim.
Ah... Alegria. Tenho certeza que lhe sobra. Cordialidade, por favor. Tenho uma queda especial por pessoas cordeais. Conquiste-me para a vida inteira. Não esconde o jogo, sei que há muita generosidade nessa mala. Use bastante. Tolerância, respeito, use. Use. Aliás, dê exemplo, crie tendência. É curioso como que quando uma pessoa vê a outra usando respeito trata logo um jeito de mostrar que o tem também. Diria que é contagioso. Um contágio necessário.
Seja agradável. Bastante. Tenho certeza que consegue. Sorria nas piadas sem graça. Não por falsidade, mas pela graça de quem a conta corajosamente no risco de sua sem graceza. Esteja aberto a opiniões diversas. Lembre-se: o diverso nos faz crescer. Aprendemos isso há algum tempo já. Tomara que não tenha esquecido. Ocupe seu espaço sem atrapalhar o outro, sem tentar diminuí-lo. Isso é feio. E se isso acontecer, vou preferir que vá embora - ou nem venha. Aliás, quando estiver chegando o momento de você ir embora me faça te pedir para ficar um pouco mais. Permita-me sentir saudade com antecedência. Deixe-me desejar que volte, antes mesmo de ir.
Então está combinado. É quase nada. Arrumei a ‘casa’. Preparei o coração. Estou esperando sua chegada tão sonhada. Vesti o melhor sorriso. Já está tudo perfumado esperando você. Está faltando você para ficar perfeito.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Crônica Chapecoense




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Jhonatan Rocha

O verde nunca foi tão cinza quanto nessa manhã. Acordamos para trabalhar opiniões, argumentos, e ao mesmo tempo não ter nada de concreto a dizer. Repensamos a grande ironia e efemeridade que é o viver. Estamos usando a hastag #SomosTodos..., #EstamosCom..., #Vamos..., #DescanseEmPaz e tantos outros.
Hoje somos uma só bandeira. Recebemos textos em nossos aplicativos de mensagens com temas que nos fazem refletir sobre o quanto devemos ser um, o quanto é urgente viver. Despertamos para a solidariedade, empatia, comoção. Reavaliamos sonhos. Notamos o peso da humildade. Repetimos frases. Reclamamos que a TV só fala sobre esse tema, mas inconscientemente queremos saber cada vez mais detalhes diferentes. Nas rodas de conversas queremos ter informações exclusivas.
Tecemos teorias da conspiração. Buscamos justificativas plausíveis. Procuramos culpados. Queremos ter acesso a imagens. Desejamos conhecer a história familiar de cada vítima. Julgamos as reações dos familiares ao receber a notícia. Tentamos imaginar como seria se nada disso tivesse acontecido. A vida toma uma dimensão trágica. A sensação de biografias incompletas. Não. Não é impressão. Toda biografia é incompleta, principalmente quando interrompida por um acidente. Há explicação para tudo ou os eventos são aleatórios? Por que essas vidas são tão importantes?
Ficamos com a conclusão de Karnal: “Estamos todos por um fio e é importante viver plenamente. Os que ficamos aprendemos com os que deixaram de existir: vamos viver de verdade, sem adiamentos, sem meio termo. A vida segue um pouco mais melancólica.” Ao acordar amanhã poderemos não dar mais a mesma importância à queda do British Aerospace BAe 146, mas sem dúvida estaremos melhorados e reflexivos.
Talvez a grande lição do dia seja a inutilidade de viver divididos por bandeiras e importância de doar. Ressaltando que este é o dia da doação. Começamos por doar nossos sentimentos. A vida é uma crônica sem fim.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Não confunda conhecimento com sabedoria

 



Dois discípulos procuraram um mestre para saber a diferença entre conhecimento e sabedoria.
O mestre disse-lhes: “Amanhã, bem cedo, coloquem dentro dos sapatos 20 grãos de feijão, 10 em cada pé. Subam, em seguida, o monte que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado, com os grãos dentro dos sapatos”. No dia seguinte, os jovens discípulos começaram a subir o monte. Lá pela metade, um deles estava padecendo de grande sofrimento: seus pés estavam doloridos e ele reclamava muito.
O outro subia naturalmente a montanha. Quando chegaram ao topo, um estava com o semblante marcado pela dor, o outro, sorridente. Então, o que mais sofrera durante a subida perguntou ao colega: “Como você conseguiu realizar a tarefa do mestre com alegria, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?” O companheiro respondeu: “Meu caro colega, ontem à noite cozinhei os 20 grãos de feijão”.
Não confunda conhecimento com sabedoria.
Um ajuda a ganhar a vida; o outro a constrói. Saibamos cozinhar nossos feijões. 

Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair a ideia ou noção de alguma coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um produto ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande conhecimento). A sabedoria consiste em saber o que fazer com qualquer conhecimento, como utilizá-lo de forma prudente, moderada e profícua e útil.
A sabedoria consiste justamente no fato de mantermos a serenidade diante do inesperado. Ingredientes infalíveis não existem, estratégias seguras são ilusão, caminho seguro oferece perigo, certeza absoluta não é garantia de nada, expectativa positiva não assina contrato, influência sedutora não preserva acordos. Não se esqueça de lembrar que o inesperado ronda, espia, cerca, ofusca, aparece, desaparece, faz-se presente, faz-se ausente, espreita todos os passos, até mesmo aqueles que consideramos seguros.
Portanto, sejamos cautelosos. É na cautela que reside a chance maior do acerto. Boa sorte!

Fonte: Página Resiliência Mag

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Sobre o que sinto

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"E eu me importo com o amor. Por mais que eu me canse fácil de algumas pessoas e suas atitudes. Por mais que às vezes eu pareça ser blasé e não tenha coração, eu acredito no amor.
Ao contrário do que dizem [a m]eu [respeito] possuo sim emoções. Sou um emaranhado de sentimentos. Só não preciso expor o que sinto aos quatro cantos. Às vezes sofro calado, mas há momentos em que desabo e quando isso acontece certamente quem está próximo sente a proporção.
Eu sou carinhoso e atencioso em uma relação. Só não gosto de ficar o tempo todo grudado e não vejo isso como um defeito. Acredito que em uma relação precisa haver um espaço entre a dupla, um espaço reservado para momentos pessoais e ficar o tempo todo grudado não me irrita, me desgasta e acredito que desgaste seja pior que raiva.
Eu consigo falar de amor abertamente por mais que eu não o tenha encontrado muitas vezes. Eu já chorei por pessoas que nunca pensei que iriam me machucar. Eu já acreditei em sentimentos que não existiam. Já me iludi por quem não merece e já entreguei meu coração sem medo a quem o partiu em mil pedaços. Dizem que [sou] visionário, é uma pena essa visão não servir quando o assunto é amor.
Eu não costumo amar facilmente, porém, quando eu amo eu me entrego totalmente. Acredito que as pessoas mereçam o melhor de mim por mais que aquilo possa vir a me machucar futuramente. Isso não é ser burro, isso é acreditar no ser humano e eu acredito no potencial das pessoas.
Algumas pessoas dizem que sou frio e calculista, mas não sou. Você nunca vai entender o que se passa na [minha] cabeça (...). Sou ansioso por natureza, e infelizmente deposito expectativas em pessoas erradas. E ainda assim nunca aprendo com meus erros, mas nunca vou desistir do amor."

 * Me ajudem a encontrar o autor até o momento desconhecido.

Obs.: Edições foram realizadas no texto original, sem alterar o conteúdo.

sábado, 15 de outubro de 2016

Carta Aberta Aos Professores


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Eis que chegou o Dia dos Professores! Muitos acreditam ser um dia de comemoração, já outros de reflexão. Professor comemora mesmo é com a vitória pessoal e profissional, com o crescimento e a felicidade de seus alunos. Até nisso somos abnegados. Cedemos, doamos sempre. Estamos cansados, somos desrespeitados, somos desvalorizados diariamente e, ainda assim, não desistimos. Não desistiremos.
“O saber da nossa espécie, a humana, não se transmite pela genética, mas sim pela linguagem. Os professores são especialistas nesta transmissão”, sentenciou Alfredo Jerusalinsky, psicanalista e doutor em Psicologia da Educação e Desenvolvimento Humano. Sabemos como é viver a prática da linguagem. O transmitir saber nos move. Saber, sim. Saber é diferente de conhecimento. Se fosse apenas transmitir conhecimento, a internet teria nos substituído. Não pensamos em vida confortável, rica e luxuosa. Se assim fosse, estaríamos frustrados ou escolheríamos outra profissão. Se tivéssemos medo das ameaças dos que desejam manter tudo como está, ou piorar o que já é ruim, não sairíamos de casa. Desejamos o melhor e alcançaremos com a persistência. É por amor que resistimos. É por amor. O amor que move tudo que há de mais puro, belo e profundo nessa vida.
Professores, nunca saberemos quantas vidas transformamos, mas todas as vidas transformadas se lembram de nós e saberão da nossa importância em suas vidas. Conceição, Maria Angélica, Geuza, Joana, Nilmar, Cláudia, Jovano, Irani, Erivelton, Marcelo, Fábio, Maria Helena, Adriano, Vilmara e tantos outros, gratidão sempre pelo saber, pela luta diária, pelo pensar revolucionário!
Continuamos a matar leões diariamente. Prosseguiremos a enfrentar os desafios que nos cabem: a desvalorização; a remuneração abaixo do básico; a instabilidade; a carga horária exaustiva; a infraestrutura que deixa a desejar; a autoridade questionada por pais, alunos e outros; a indisciplina; a ofensa verbal; a cobrança por desempenho. Trabalhamos conscientes, mas sem nos acostumar. Nossa indignação é uma maneira de saber que continuamos ativos e temos esperança.
Por que não desistimos mesmo?! Nossas colegas de classe lembram-nos o motivo:
“Dizem por aí que ninguém se torna professor, mas nasce com esse vírus. Acho mesmo que nasci para ser professora, para ficar na retaguarda e empurrar a moçada para frente, para acender lamparinas para que os alunos as transformem em fogueiras. Acredito que um país só progride pela educação de seu povo: a escola é a verdadeira revolução.” – Patrizia Bergamaschi
“Quando um aluno sorri para mim por eu tê-lo ajudado com alguma dificuldade, seja ela qual for, eu fiz parte de sua história e contribuí para que este conseguisse enxergar o seu lugar no mundo. Afinal, que mais pode ser um professor senão aquele que empresta o seu olhar para que o outro possa construir o seu olhar também?” – Caroline Ferrari
Ao infinito e além, Prezados Companheiros de Luta!

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Ron Alston Jr., sua filha e um excelente exemplo





  Ron Alston Jr. e Aliya protagonizaram um dos vídeos mais populares do mundo nos últimos dias. O vídeo original atingiu mais de 15 milhões de visualizações, de acordo com informações do Liftable, e nos permite refletir na responsabilidade que temos no desenvolvimento das nossas crianças e no transmitir mensagens de otimismo, controle emocional e bem estar diariamente.
A nossa ferramenta para viver tem de ser o diálogo, o otimismo, o dedicar do nosso tempo para o outro, o incentivar quem nos rodeia a coisas/ações positivas, o interagir para o bem, o disciplinar e permitir ser disciplinado com/por amor. Sempre pautados no amor sincero, puro e profundo. Sejamos exemplo naquilo que esperamos de melhor nas pessoas, sejamos aquela referência/lembrança boa para aqueles seres que um dia serão do nosso tamanho/idade ou maiores. Vamos ajudar os pequeninos a perceber que o caminho do bem é o que devem/merecem trilhar. Ser humanos, mais humanos. Todos os dias mais humanos. Os nossos dias serão bons. E se cairmos, levantamos!