quinta-feira, 12 de junho de 2014

As madrugadas são cruéis para os solitários

Imagem: Reprodução






A lua tem mesmo um poder magnético. Quanta beleza! Mesmo diante de tantas luzes apagadas e sua plateia, aparentemente, dormir continua a brilhar. Apesar de tantas barbaridades, adaptando a inspiração de Cazuza. Ao admirá-la notei que faltava algo. Na verdade, alguém com quem compartilhar tanta beleza. Poderíamos dividir toda a beleza da vida. Depois de algumas doses de vinho meus reflexos parecem mais intensos. As madrugadas são cruéis para os solitários. Quem poderia estar aqui? Mentalmente surge apenas um nome, um corpo, um ser, uma personalidade. Quando estamos só sabemos exatamente quem amamos, apesar dos pesares. Mas quem você é atualmente? Queria amanhecer com você eternamente, ser a figura que desejaria encontrar em cada entardecer. Por que não sou essa pessoa? Por que o brilho desse luar não te faz pensar em mim? Por que essa via de mão única? Por que não resisto aos seus mistérios? São tantas perguntas sem respostas, ou a ausência de coragem não permite encontrá-las. Você bem poderia estar olhando na mesma direção. É o que todos querem, alguém que olhe na mesma direção. Bonito isso! Li há algum tempo atrás e jamais me esqueci. Aquelas tardes, poucas palavras, grandes significados. Quanta nostalgia! Fiz um grande mal a mim mesmo por permitir que o tempo passasse sem estar ao seu lado. Olha só o que a lua me fez reconhecer! A grande falta sua que sinto.

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