sábado, 14 de junho de 2014

Esperamos o amor, estamos sedentos dele



Imagem: Reprodução





Há algum tempo li um artigo a respeito da banalização da expressão ‘Eu Te amo’. O autor era veemente ao dizer que o uso contínuo de tal frase banaliza o sentimento. Discordo! A culpa pode ser de outra questão afetiva: a carência. A carência é capaz de nos fazer agir como néscios. Muitos de nós esperamos a pessoa certa para ser alvo de nosso afeto. Quando repetimos o ‘Eu te Amo’, mesmo que não seja honesto – mesmo que não seja para a pessoa que queríamos dizer – esperamos a reciprocidade. Partindo do pressuposto que depois de várias tentativas ouça a expressão tão desejada com uma grande carga de verdade, sinceridade, profundidade, eternidade. Eternidade, sim! Pois queremos que seja perene, constante, intenso, eterno em quanto dure e que dure. Estamos todos desejosos de viver um grande, singelo e inspirador momento de amor. Procuramos alguém que seja bom incansavelmente. E como temos procurado! Talvez exigindo demais. Não queremos gratidão. Esperamos amor, estamos sedentos desse sentimento. Ansiosos para que ele venha inteiro e voluntariamente.

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