quarta-feira, 2 de julho de 2014

Tentando viver num mundo cinza



Imagem: Reprodução


E prosseguimos tentando. Tentando ser feliz. Tentando viver com mais amor. Tentando, sempre tentando. Não tem sido fácil. Aliás, essa é a frase da moda. Não está fácil para ninguém! Há duas linhas invisíveis que nos move de um lado para o outro. A primeira é a que nos induz a fazer o que é bom, excelente. Esse fio, mesmo que emaranhado, nos direciona ao amor, felicidade e outros bons aspectos do viver. A segunda tem um poder negativo sobre nossa existência. Como aquela mão invisível que controla tudo o que há de ruim neste sistema. O equilíbrio, e também o autocontrole, nos ajudará a definir qual dessas linhas norteará nossas ações. Estamos rodeados por expressões de ódio, infelicidade, descontrole emocional. O ar deste sistema está por demais pesado. Irrespirável! Temos medo de nos socializar. Não nos apegamos mais nas relações. Tentamos ser felizes na infelicidade. Tentamos, apenas tentamos. É como se não enxergássemos mais um palmo a frente de nosso nariz. O céu parece cinza. Sim, cinza! O cinza talvez seja a cor da insegurança, do não saber o que vem a seguir. Pois quando tudo está claro vemos facilmente a dificuldade adiante. Já na escuridão é possível ver a luz no fim do túnel, por assim dizer. Vejo tudo cinza! Os olhares das pessoas não são mais os mesmos. O espelho está cada vez mais embaçado. A personalidade de muitos está cada vez mais cinza. Estamos desconfiando demais, confiando cada vez menos. Estava observando um debate entre amigos dia desses em que concluíram que o mundo está cheio de inocentes numa sociedade repleta de juízes e executores de uma justiça injusta. Eles estão com a razão. Há muita coisa errada, começando por nós mesmos. Julgamos cada um de acordo com nossas leis pessoais. Não podemos negar o quanto somos egoístas. E fica a pergunta, qual linha tem guiado minha existência? Como estou tentando ser feliz? Sinto que em um aspecto somos unânimes. Estamos saturados deste mundo cinza. Em alguns momentos tenho a impressão que ainda vou acordar e perceber que tudo o que vejo de lamentável fez parte de um pesadelo desagradável e que o sol brilha lá fora me convidando a viver um dia de paz. Acho que vou tentar acordar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário