terça-feira, 29 de julho de 2014

Condenar e perdoar




Imagem: Reprodução

Errei? Sim. Arrependi? Sim. Aprendi? Sim. Fui perdoado? Sim. Então acabou, é como se não houvesse ocorrido tal fato. Simples e óbvio, mas não prático. Observo, convivo e lamento por pessoas apegadas ao passado de tal forma a remoer fatos ruins em suas vidas, coisas tais que já disseram ter perdoado. As cicatrizes sempre estarão lá. Nada há de mudar o que aconteceu. Aproveitar o que de bom ocorre na vida é uma prova de equilíbrio e serenidade. Remoer por demais o passado é muito triste, pesado e insustentável. O passado tem um grande valor em nossa história, mas não podemos ficar aprisionados a ele. Ficar aprisionado não permitirá vislumbrar um futuro agradável e diferente. Aí está a importância do perdão. Estava acompanhando uma matéria em que Dorival Caymmi era questionado sobre a felicidade e tristeza. Caymmi disse que não se permitia ficar triste, havia se curado disso muito cedo, como todos nós deveríamos fazer. Quando via a tristeza adiante ‘mudava de rumo’, policiava os sentidos e fazia um arejamento de não se deixar contagiar pelo ruim. Uma grande lição. Um fato perdoado tem que ser esquecido, esse é o segredo. Esquecer! Trabalho árduo para os que têm boa memória. Assumir, aprender, ser perdoado e esquecer o erro, nem mesmo mencionar sobre o assunto. Eis a redenção! Essa é a técnica para se viver com bom humor. Se um determinado fato foi resolvido, perdoado, estamos prontos para passar à próxima fase do ‘joguinho’. Pois se apegar ao passado é manter-se inerte. Nessa situação, como são privilegiados os que têm memória falha! Perdoar, muitas vezes é condenar quando não feito da forma certa. Perdoar não é para os fracos de coração. Aprendi um dia desses!

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