As defesas que o Eu pode construir diante da ameaça de sofrimento
psíquico são inúmeras. Uma das mais frequentes, mais sutis e perigosas, é
aquela que se impõe ao eu através da negação da realidade: quanto maior
o choque, maiores são as chances que
tem o Eu de dizer a si mesmo "...isto não está acontecendo...". O
traumático, todavia, fica marcado, interrompendo as possibilidades de
amadurecimento emocional, quer pela via da inibição, da paralisação, das
impulsividades ou do panico. Com a parte recusada da realidade vão se
embora também as condições que o Eu possui de verdadeiramente criar
defesas que o protejam. As ameaças passam, então, a vir também desde
dentro.
(Evelin Pestana, Casa Aberta - Página, Psicanálise, Artes, Educação)
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