sábado, 24 de maio de 2014

A relatividade do viver




Imagem: Reprodução

Ao observar as várias faces de uma mesma situação, concluí que a vida é uma equação matemática interessante e instigante. Quantas vezes já não reclamamos da chuva que veio em péssima hora? Tivemos que adiar compromissos que fazíamos questão de cumprir. Talvez nesse mesmo dia alguém festejava esse fenômeno meteorológico. Como no caso que Kayden, de 15 meses, que viu e sentiu a chuva pela primeira vez, se emocionou e fez a festa. Uma mesma história pode, e têm, várias versões. Tenho amigos que insistem em repetir que cada acontecimento tem no mínimo três variantes: a minha, a sua e a verdadeira. E, constantemente, nos perguntamos: ‘Quem tem razão?’ Ao desatar os nós com calma somos obrigados a reconhecer que todos temos nossa parcela de culpa, mesmo que inconscientemente. Amores desfeitos, amizades encerradas, oportunidades perdidas – tudo culpa nossa. Também temos muitos méritos. Nem tudo dá errado em nossa história. Uma de nossas essências é a felicidade. Sendo assim, muito do que realizamos nos fazem felizes. Seja na vida familiar, amorosa, profissional ou espiritual. Praticamos o que achamos correto, mesmo que pareça imoral para os outros. A nossa existência segue um curso interessante – não sei o porquê, mas nesse momento só consigo visualizar um riacho. Vidas se entrelaçam, aparentemente sem motivo. ‘Há males que vem para o bem’, dizia minha bisavó. E na dor nos tornamos seres mais sensíveis, fortes, felizes, amáveis. Quanta complexidade! Por isso, julgo tão curiosa a arte do viver. No fundo, todos sabem viver com arte, ou simplesmente seguem a correnteza. No fritar dos ovos, mesmo muitas vezes dizendo que trocaria sua vida pela do outro que tanto inveja, você jamais desconsideraria a sua existência. Afinal, tudo é muito relativo!

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