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Imagem: Reprodução |
Ao observar as várias faces de uma mesma situação, concluí que a vida é
uma equação matemática interessante e instigante. Quantas vezes já não
reclamamos da chuva que veio em péssima hora? Tivemos que adiar compromissos
que fazíamos questão de cumprir. Talvez nesse mesmo dia alguém festejava esse fenômeno
meteorológico. Como no caso que Kayden, de 15 meses, que viu e sentiu a chuva
pela primeira vez, se emocionou e fez a festa. Uma mesma história pode, e têm, várias versões. Tenho amigos
que insistem em repetir que cada acontecimento tem no mínimo três variantes: a minha,
a sua e a verdadeira. E, constantemente, nos perguntamos: ‘Quem tem razão?’ Ao
desatar os nós com calma somos obrigados a reconhecer que todos temos nossa
parcela de culpa, mesmo que inconscientemente. Amores desfeitos, amizades
encerradas, oportunidades perdidas – tudo culpa nossa. Também temos muitos
méritos. Nem tudo dá errado em nossa história. Uma de nossas essências é a
felicidade. Sendo assim, muito do que realizamos nos fazem felizes. Seja na
vida familiar, amorosa, profissional ou espiritual. Praticamos o que achamos
correto, mesmo que pareça imoral para os outros. A nossa existência segue um
curso interessante – não sei o porquê, mas nesse momento só consigo visualizar
um riacho. Vidas se entrelaçam, aparentemente sem motivo. ‘Há males que vem
para o bem’, dizia minha bisavó. E na dor nos tornamos seres mais sensíveis,
fortes, felizes, amáveis. Quanta complexidade! Por isso, julgo tão curiosa a
arte do viver. No fundo, todos sabem viver com arte, ou simplesmente seguem a
correnteza. No fritar dos ovos, mesmo muitas vezes dizendo que trocaria sua
vida pela do outro que tanto inveja, você jamais desconsideraria a sua
existência. Afinal, tudo é muito relativo!
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