sábado, 29 de novembro de 2014

O 'ser cometa'



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Não imagine que esse seja mais um texto enfadonho a falar sobre amizade. Não que estes sejam chatos, ou sem verdades, mas já está manjado. Não estamos acostumados com mais do mesmo. Não somos fracos não! Hoje falamos sobre cometas. Há toda uma discussão a respeito desse corpo celeste. Os cientistas dizem que são compostos de gelo, poeira e pequenos fragmentos rochosos, variando em tamanho de algumas centenas de metros até dezenas de quilômetros. Outros acreditam que são corpos celestes perdidos no espaço, sem morada fixa. Já na filosofia popular acreditam que os cometas fazem parte de um espetáculo celeste proporcionado pelo Criador. Tantas teorias. Cada um se apossa da que lhe convém. A questão é que o ser que não participa dessa discussão fica entusiasmado quando ao olhar para imensidão do céu noturno é presenteado pela passagem dessa ‘estrela com cabeleira’, como definiu Aristóteles. Chega-se em casa todo feliz, conta para a mãe, o pai, o irmãozinho, o periquito e o papagaio. Nem todos recebem a informação empolgados, mas percebem que a passagem de tal cometa foi significativo em sua vida. Sente-se o mais felizardo dos seres. É como se fosse o fio de esperança nesse tamanho desastre que às vezes nos encontramos. E como necessitamos de esperança! Não que o céu durante a noite seja triste, pelo contrário, eis um palco que despensa comentários e elogios. Quantos de nós já não nos pegamos por horas refletindo as mais profundas, ou rasas, questões contemplando a beleza do manto azul anil que nos cobre?! Retomando o assunto cometa, este cria laços sem permanecer por muito tempo em nossas vistas. Num piscar de olhos ele se vai. Por isso, é tão importante estar desperto para admirar as belezas que nos rodeiam. Manter o foco no que de melhor nos é oferecido. Do contrário, nunca perceberemos quando um ‘cometa’ cruzar nosso caminho. Só de lembrar aquela, talvez única, vez que o vimos, voluntariamente abrimos um largo sorriso. Costumo chamar esse sorriso de ‘sorriso da esperança’. Ninguém esquece um cometa - e não há margem de erro do ibope nessa afirmação. E o cometa não se vangloria, pois não tem tempo pra isso. Apresenta seu espetáculo e, muitas vezes, não espera aplausos. Eis uma lição real de humildade! Temos muito a aprender com os cometas. Vez por outra temos a sorte de encontrá-lo. Tendo a oportunidade, aprecie, admire, reacenda a chama da esperança – se esta estiver fraca ou apagada. O ser cometa convive com você poucos dias, horas ou minutos e se torna uma das melhores personalidades que já conheceu. Esse é um dos momentos em que pensamos o quanto vale a pena ter a oportunidade de viver.

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