quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sobre a arte de amar




“A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos como a maior de todas as conquistas do ser.”
РDefini̵̤es alheias
Todo homem nasce com a necessidade de amar. Uns mais que outros, mas todos com a mesma característica. Alguns amam pessoas, outros suas ações, ainda há os que admiram coisas, como o dinheiro, por exemplo. São inúmeras formas de amar, cada um com um eixo específico. Mas hoje é dia do amor romântico. Aquele que você sentiu pela primeira vez na escola, sem reciprocidade. Sentimento sincero, leve como a brisa, e talvez nunca mais tenha vivido algo igual ou parecido. A vida é assim, nenhuma sensação é igual à outra, mesmo que muito próxima. É como diz a canção de Lulu Santos, ‘nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia’. As sensações são diferentes porque ‘tudo muda o tempo todo no mundo’ e dentro de cada um de nós. É preciso amar, simplesmente amar!


Arte: Moisés Caetano

Observo que constantemente temos falado sobre o amor. Mas será que de tanto discutir o assunto, o sentimento perdeu sua essência? Tal sensação tem que ser acompanhado de outras características importantes - tais como generosidade, paciência, capacidade de perdoar, coragem, entre outros. 'Em seus diálogos, Sócrates dizia que o amor era a única coisa que ele podia entender e falar com conhecimento de causa. Platão compara-o a uma caçada (comparação aplicada também ao ato de conhecer) e distinguia três tipos de amor: o amor terreno, do corpo; o amor da alma, celestial (que leva ao conhecimento e o produz); e outro que é a mistura dos dois'. Em todo caso o amor, em Platão, é o desejo por algo que não se possui. Mas nossa sociedade é prova de que podemos amar muito mais o que temos.

“(...)
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor valerá
(...)”
- Milton Nascimento / Caetano Veloso

É o amor que une vidas, e frequentemente compele as pessoas a manterem um relacionamento amoroso duradouro e feliz. A dedicação ao outro vem sempre antes do próprio interesse. Quem pratica esse estilo de amor entrega-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas vontades para a satisfação do ser amado. Investe constantemente no relacionamento, mesmo sem ser correspondido. Sentem-se bem quando o outro demonstra alegria. É capaz até mesmo de renunciar ao parceiro se acreditar que ele pode ser mais feliz com outra pessoa. Eis uma forma incondicional de amar! Admirável! Certo personagem do folhetim de Manoel Carlos ensinou essa nobre lição. Talvez essa seja a forma mais livre e difícil de amar.
Sendo assim, ame muito. Sinta a brisa leve desse sentimento. Abra a porta do carro sempre que possível. Dedique-se. Compreenda. Perdoe. Seja feliz na presença, ou até mesmo na ausência, do seu amor. E para você que ainda não encontrou, lembre-se de uma consideração interessante de M. de Sousa-Aguiar: “Quantas vezes você já terá cruzado com o grande amor da sua vida, sem se dar conta de que estava ali, de olho em você?”

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