sexta-feira, 28 de junho de 2013

Mais uma vez amor

“Quando alguém nos ama diz nosso nome de maneira diferente e cada um de nós é capaz de amor. E o mais curioso de tudo é que você só calcula o quanto ama alguém quando o vê passar por uma situação de ridículo.”
 – M. de Sousa-Aguiar

Até certo tempo esperava por um amor completo, que me ‘tirasse os pés do chão’, me fizesse sorrir sem nenhum motivo aparente. Um amor surpreendentemente bom! Sabe aquela pessoa que pensa em você o tempo todo? Que buscasse um jeito inédito para falar do nosso amor. O tempo passou e continuava pensando, sonhando, querendo viver essa experiência. Seria sorte demais olhar para esse ser e a pessoa estar ali à minha disposição, sempre da forma que o imaginário projetou. Alguém realmente importante!
Interessante que a teoria do quadro mental realmente funciona. Vivemos o que imaginamos nos transformamos nos personagens que admiramos. Vejo em seus braços o laço perfeito. O laço que nunca gostaria de ser libertado. Dizem que o amor é o avesso da dor, mas tenho minhas dúvidas. Na verdade, o amor da atualidade mudou de roupagem. Vivo e espero um amor do século XVIII, que é extremamente retrógrado. As pessoas falam constantemente de amor e acabaram o banalizando. Tentativas, foi nisso que esse sentimento se equiparou. Não quero tentar, quero que dê certo para todo o sempre. Sabe a pessoa que sorri com os olhos?! Então! Está por aí... Em algum aeroporto, precisando de um celular emprestado, sofrendo por um amor que não a valorizou, esperando por alguém que diz seu nome de maneira diferente e que também dirá o seu dessa forma. Talvez já tenha cruzado com tal pessoa pelas ruas, enquanto atravessava a faixa de pedestre distraidamente, ou no encontro de carros num trânsito caótico.
Um amor que não seja apenas uma forma de enganar sua carência, que saiba mostrar uma imensidão de cores no olhar, que transforme, transborde, o faça cantar e leva a qualquer lugar. O verdadeiro amor não engana, não é possessivo, não é medíocre. Pode ser secreto e doer, de vez em quando. Mas é chegado um momento em que ele se revelará. Afinal, “não se represa um rio, não se engana a natureza, faça a represa que quiser, pois o rio cedo ou tarde vai arranjar um jeito de rasgar a terra, abrir um caminho, e voltar a correr em seu leito de origem", já dizia Fernando Pessoa. O amor há de chegar algum dia!

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