quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Todas as coisas grandes acontecem na crise, no turbilhão





Muitas são as crises que vivemos pelo longo curso da vida. Leonardo Boff acredita que toda crise é uma oportunidade de crescimento, que nem sempre é uma tragédia. Muitos tentam escapar de suas crises das formas mais criativas. Uns protelam, outros procuram ‘jogá-las’ para o futuro, ainda outros se defender em soluções ‘escapistas’. Bem sabemos que tudo que ameaça nossa zona de conforto nunca é algo bem aceito. Não é sábio permitir que qualquer crise, seja ela emocional, amorosa, econômica, política, social, corroa nossa Esperança. Afinal, a esperança é o segundo sentimento que nos faz crer que o futuro será sempre melhor (o primeiro é a Fé).
Imagem encontrada em pesquisa na internet
       No momento de crise perdemos nosso ponto de orientação, o que nos leva ao estado de desespero. Mas é sábio aguardar que a turbulência passe. As palavras de Y. Congar são oportunas, ‘àquele que sabe esperar, todas as coisas acabarão por lhe serem reveladas, contanto que tenha a coragem de não renegar nas trevas o que divisou na luz’. Há realmente momentos em que para se elevar é preciso descer à crise. É importante compreender que o amanhã será sempre melhor que o agora, isso nos manterá firmes. Nada será um obstáculo tão grande se pararmos para refletir, ponderar. Isso tem de ser feito com sinceridade, sem máscaras, sem nos enganar. Ser sincero e leal a nós mesmos é o que nos tornará fortes e serenos. A turbulência não passará de uma oportunidade para uma pausa nas atividades mecânicas, ou para as que já não realizamos por amor.
A crise nos prepara para um total envolvimento com o que nos propomos a realizar, para uma purificação, acrisolamento, a dar mais de nós ao próximo.  Encontraremos pelo caminho muitas pedras. Pedras que, como Drummond foi inspirado a poetizar, nossas retinas fatigas, ou não, jamais se esquecerão.  Lembre-se: se deseja ‘percorrer um caminho de dez mil passos’, mesmo com obstáculos no caminho, ‘ começa por dar o primeiro passo’, dizia sabiamente Mao Tsé-Tung.  Sem o primeiro passo jamais chegaremos aos dez mil. Afinal, é como afirmava Platão, "ta megála pánta episfále", ou seja, "todas as coisas grande acontecem na crise, no turbilhão".

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