Tenho conversado com muitas pessoas que tem dito algo muito parecido.
“Me relacionei com algumas pessoas, sofri no término e
agora não consigo mais me abrir, confiar e me entregar de verdade. É
como se tivesse sempre receio do que está por vir. Isso me impede de ter
sentimentos reais por alguém e fico assutado(a) com minha frieza.” [leia mais]
Homens e mulheres descobrem o amor de uma maneira aberta, leve, entregue e com muita esperança.
Entendem que se derem tudo de si o amor durará para sempre. Ainda que nem pensem o que quer dizer o pra sempre.
A paixão vira o grande motor para grandes delírios
psicológicos. Fazem de tudo pela pessoa amada a fim de serem amadas na
mesma medida. A ideia de reciprocidade contamina cada atitude da pessoa
apaixonada, ela acredita que basta amar para ser amada. [sobre paixão]
For a isso a pessoa apaixonada acredita que ficará segura por quanto tempo for necessário e que nada vai abalar suas emoções.
No entanto, as coisas mudam e aquela garantia de que
tudo correrá bem vai sendo minada. Eis que vem a primeira desilusão
amorosa, não era para sempre. Dias, semanas ou meses de amargor cedem
lugar a um novo amor.
O ciclo recomeça interminavelmente.
Até que um dia algo estranho acontece e uma quebra
acontece. Todo aquele ímpeto devotado na esperança se transforma em
desencanto absoluto.
A fé no amor vira fé na descrença. A pessoa desenvolve
um certo cinismo quanto a declarações e vê mentira em qualquer palavra
mal posta.
Desconfiança absoluta é o ingrediente principal do relacionamento com esse tipo de pessoa.
Qual seria a possibilidade de iniciar um novo relacionamento sem essas amarras do passado?
O erro fundamental é você acreditar que já saber algo sobre relacionamentos amorosos.
Cada relacionamento e pessoa são únicos. Colocar todas
as pessoas no mesmo balaio é uma limitante. O discurso pronto de que
todo homem ou mulher é igual é uma grande defesa.
Pode ser que você já esteja desinteressada de realmente
se envolver com alguém de verdade e passar pela peregrinação de um
relacionamento de longa duração. O mais fácil nessa hora é simplesmente
alegar que “os homens não prestam!”
Alegar medo de se machucar é o mesmo que não tomar mais
água por ter engasgado na vida. Quando a pessoa afirma isso ela parte do
pressuposto que foi vítima de uma circunstância nociva de alguém. Nesse
momento tira sua responsabilidade do desacordo no relacionamento que
originou o machucado. Muito ingênuo pensar que um relacionamento é feito
com uma pessoa só…
Entre os praticantes de Snowboard e Moto Velocidade existe uma regra essencial: nunca olhe para o lugar onde você NÃO quer ir. Pois é fatal, seu corpo irá levá-lo para o buraco do qual queria escapar.
A mente faz o mesmo, nos induz aos erros de percepção
mais danosos na medida que estamos nos protegendo deles. Uma palavra
hesitante do novo pretendente pode ser tomada como dúvida, diante da
suposta dúvida você já pensa que a pessoa não quer saber de nada. Diante
desse suposto descaso você fica apática e logo descarta qualquer
possibilidade de maior envolvimento. Se o pretendente estava interessado
percebe uma atitude mais receosa da sua parte e começa a recuar também.
De recuo em recuo ambos descartam um ao outro. Triste não?
Deduzir fatos errados pode levar você a induzir comportamentos de recusa e recuo.
O amor é um caminho sem volta, uma vez tocado por ele
você não permanece o mesmo. Evitá-lo tão pouco diminui essa mutação.
Lembre-se que se ficar fechada para novos relacionamentos irá bloquear o
fluxo de vida que corre em seu corpo. O mesmo canal que evita a dor é
aquele que poderia se alegrar. Anestesiar sentimentos engloba todos os
sentimentos. Quem perde é você.
Agora, como amar de coração aberto?
Oferecendo amor e tirando desse oferecimento a melhor
das experiência de sua vida. No amor o mais bonito é o ar que entra mais
fácil no peito, o coração acelerado, os olhos que se iluminam e a boca
que se desmancha na outra. Se isso irá durar um dia ou uma década pouco
importa. Você só terá medo do amor se ainda tiver a ilusão de que o amor é algo que se recebe e não algo que se dá.
Ame como se nunca tivesse sido ferida antes. [sobre amor profundo]
Fonte: blog Sobre a Vida
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