Numa época do ano em que a felicidade e as mazelas dessa sociedade são
tão visíveis abrimos espaço para uma reflexão profunda sobre nossas vidas. As
imagens, mais que as palavras, dizem muito do estamos fazendo com nossa
existência tão breve. Todos os anos, como uma tradição, acompanhamos histórias
de pessoas que perdem suas casas, vidas, a coisas pelas quais tanto lutaram. Os
brasileiros das periferias são protagonistas de histórias de lutas constantes.
Ao acompanhar os noticiários vemos anualmente pessoas que são orientadas
a saírem de seus lares, por medida de segurança, e essas se recusam mesmo
correndo o risco de vida. Rapidamente reprovamos e julgamos esses cidadãos, o
que é um erro. Essas pessoas trabalham
dia e noite para manter seus lares e acompanhar as pressões do consumo as quais
somos vítimas. E muitas vezes não tem para onde ir. Seria justo por em questão
a escolha desses seres de não saírem de suas casas. Precisamos repensar uma
nova sociedade, livre de desigualdades sociais, étnicas, sexuais, culturais. Este
discurso é antigo, mas nunca esteve tão urgente.
Estamos nos ocupando de egoísmo e esquecendo do próximo, do nosso irmão. Temo
a proximidade de um período em que não teremos mais identidade, não mais
saberemos que realmente somos. Será realmente assim, as pessoas perdendo suas
vidas e seus bens em enxurradas, ou outros desastres naturais? O que está por
vir? Tantas perguntas, muitas respostas. Mas temos que encontrar a fonte
correta.
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