sábado, 28 de dezembro de 2013

FREUD (1917) estabeleceu uma diferença entre luto e depressão melancólica. A perda real de um objeto refere-se ao luto. Na melancolia o objeto perdido é mais emocional que real. Além disso, segundo o autor, o paciente melancólico sente uma profunda perda de auto-estima, acompanhada de auto-acusação e culpa, enquanto que a pessoa de luto mantém um senso de auto-estima razoavelmente estável.

Ainda de acordo com FREUD (1917) o quadro de depressão melancólica tem relação com a autodepreciação, estado em que os pacientes depressivos tendem a sentir raiva de si mesmos. Mais especificamente, a raiva é dirigida internamente pelo fato de o self do paciente se identificar com o objeto perdido (GABBARD, 1998).

FREUD (1923) acrescentou que os pacientes melancólicos tem um superego severo por relacionar a própria culpa em direção aos objetos amados. Assim, manter a dinâmica da depressão supõe ao sujeito que a instância do ego poderia matar a si próprio apenas tratando-se como um objeto. Isso implica no fato de o suicídio resultar no deslocamento de desejos destrutivos em relação a um objeto internalizado que é dirigido contra o self .

MELANIE KLEIN (1996) agregou a depressão à perda do objeto amado. Os estados maníaco-depressivos podem ser reflexos da falha da infância em estabelecer objetos internos bons.

*Via Adriana Garcia - Psicóloga

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