Trecho de 'Mentes Ansiosas', Ana Beatriz Barbosa Silva
CAPÍTULO 1 ANSIEDADE E MEDO: DUAS FACES DA MESMA MOEDA
Desde pequena possuo um sonho. Para ser mais precisa, um pesadelo, que
se repete de tempos em tempos, principalmente quando atravesso períodos
mais estressantes. Nesse sonho chego à escola, e uma amiga me informa
que dentro de 5 minutos a prova vai começar. Faço um sinal positivo com a
cabeça, que demonstra minha tranquilidade em realizar a prova de
História, minha matéria predileta. Em poucos minutos, estamos todos
sentados em nossas carteiras e aí inicia o pesadelo: a prova é de
Matemática e não de História! Em total despreparo diante do inimigo,
olho ao redor e tudo me parece estranho. Meu coração dispara, a
respiração torna-se entrecortada, a face banha-se de suor, sinto tontura
e de repente... acordo atordoada, olho em volta e constato, com imensa
felicidade, que estou em território seguro: meu quarto, o marido ao meu
lado e a cachorrinha em sua cama. O ar condicionado se encarrega de
secar o suor e, aos poucos, tudo volta ao normal. Foi apenas um sonho
ruim, nada mais, daqueles que costumava ter às vésperas de provas.
Muitos anos já se passaram desde então; no entanto, é impressionante
perceber a precisão com que meu cérebro arquivou essa reação, que foi
uma das primeiras situações de medo consciente que vivenciei ainda
pequena. A cada fase da vida, quando os desafios e compromissos me
obrigam a lidar com prazos restritos, lá está meu cérebro – esse
operário incansável –, sinalizando que a minha ansiedade está no limite
máximo. É hora de tomar decisões que dissolvam os “nós” existenciais ou
ignorar o sinal de alarme e esperar que a ansiedade cresça um pouco mais
e me paralise de alguma forma. Afinal, a ansiedade possui diversas
facetas, e todas, a partir de determinada “quantidade”, mostram-se
disfuncionais, modificando negativamente nosso cotidiano, transtornando
nossa vida e, até mesmo, nos paralisando diante de tudo e de todos.
É claro que, como boa aluna, tento captar rapidamente a mensagem do
mestre cérebro: dou uma parada, faço um flashback básico dos últimos
meses e logo identifico o que está me aprisionando. Monto um
microprojeto, de curto e médio prazo, com as ações necessárias para que o
sonho (aviso) não se transforme em pesadelo real.
Hoje
constato, com bastante frequência, que sonhos com exames escolares são
muito comuns entre as pessoas. Diria até que esses são um dos casos mais
comuns de situações que provocam ansiedade. Não há dúvida de que muitas
pessoas já enfrentaram esse tipo de situação, seja em sonho, seja na
vida real, em que provas escolares ou entrevistas de emprego estejam
envolvidas. A maioria delas relata que já acordou na véspera de um exame
importante com a respiração acelerada, o corpo suado e que passou o
resto da noite se revirando na cama. E mais: muitas ainda salientam o
fato de que chegaram ao local do exame ou entrevista convictas de não
saberem mais nada sobre o que estudaram durante todo o processo
preparatório. Sentem que todos os seus esforços, por dias, semanas ou
meses, serão perdidos com o irremediável e inexplicável “branco total”
do conteúdo estudado. O pior é que, ainda que tudo venha a dar certo, ou
seja, obtenham a pontuação necessária e/ou desejada nas provas ou
entrevistas, será muito difícil esquecerem o lado “ameaçador” dessa
experiência. Isso ocorre em função de o nosso organismo ser dotado de um
mecanismo pré- -programado de proteção, conhecido como “reação do
medo”, que acompanha a espécie humana desde os tempos mais primitivos.
A REAÇÃO DO MEDO: REAÇÃO DE LUTA OU FUGA
O corpo humano talvez seja a mais criativa e surpreendente invenção de
todo o universo. Nosso corpo parece ter sido planeja do para nos salvar e
nos ajudar a lidar com todo tipo de perigo. Em pequenos fatos do
cotidiano podemos ver o quanto essa máquina é programada para nos manter
em equilíbrio.
Tomemos como exemplo um corte no braço. Em
poucos minutos, o corpo reconhece que há um ferimento e aciona uma série
de reações mecânicas e bioquímicas que fazem o corte parar de sangrar.
Quando o sangue entra em contato com o ar, reage de maneira diferente e
começa a coagular. O sangue fica cada vez mais espesso e, em pouco
tempo, uma crosta está formada, tamponando totalmente o sangramento
provocado pelo ferimento. Depois de alguns dias, essa crosta cai, e toda
a área que estava abaixo dela se encontra sadia novamente.
O
mesmo mecanismo de proteção é acionado quando nos engasgamos com algum
tipo de comida ou bebida. O engasgo sinaliza que algo sólido ou líquido
entrou no local errado. No caso, esse local é a traqueia, que é um tubo
capacitado para levar o ar inspirado pelo nariz ou pela boca em direção
aos pulmões. A traqueia não transporta outro tipo de substância que não
seja gasosa. Assim, quando engasgamos, automaticamente tossimos e
regurgitamos, e a comida ou a bebida é lançada para fora da traqueia com
grande velocidade. Continuamos a tossir, até que os visitantes
indesejados (comida e/ou bebida) estejam totalmente fora da nossa
traqueia. Tanto no caso do ferimento como no caso do engasgo, tudo
ocorre de forma automática, como uma máquina perfeita. Não importa se
estamos dormindo ou acordados, se somos ricos ou pobres, geniais ou de
inteligência limitada: nosso corpo fará tudo para nos socorrer,
automaticamente.
Um tipo de proteção automática do corpo é a
reação do medo. Imagine-se andando por uma rua estreita e, de repente,
avançam em sua direção dois cachorros da raça bull terrier, que rosnam,
expondo seus dentes brilhantes entre a saliva que escorre por suas
mandíbulas. Se você, por um acaso, quisesse racionalizar o que fazer,
provavelmente processaria os seguintes pensamentos: Eles são cachorros;
são ferozes; estou em perigo! O que devo fazer? Acho que devo correr!
Bem, se você pensasse tudo isso antes de correr, possivelmente já
estaria morto e dilacerado, antes mesmo de concluir seus pensamentos.
Mas fique tranquilo, pois, nessa situação, seu corpo reagiria
automaticamente, de maneira ultrarrápida, e você já estaria correndo há
muito tempo. Provavelmente já teria se abrigado em algum lugar seguro.
Sem você se dar conta, uma overdose de adrenalina é injetada na
corrente sanguínea e, a partir daí, toda uma reação se processa
naturalmente: o coração dispara, o suor toma conta da pele, os músculos
se contraem para entrar em ação, a respiração se torna mais acelerada e,
sem que tenha tempo de pensar, em frações de segundos, você estará
correndo como um leopardo ou lutando com os cachorros como uma fera
enlouquecida. Esta é a reação do medo que existe para nos salvar de
todos os perigos.
Em princípio, o instinto nos leva a correr
como o vento para fugirmos dos cachorros. Após muitos metros de corrida,
encontramos um local seguro e ali permanecemos até termos certeza de
que os animais não estão mais nos seguindo. Paramos, sentamos no chão e
percebemos que nosso corpo está totalmente alterado: o coração bate
forte e rápido; a respiração está acelerada e profunda; trememos e
suamos por todo o corpo; a boca está seca como uma pedra; estamos
tontos; nossas mãos e pés estão formigando; estamos tensos, alertas e
vigilantes contra novos perigos.
É curioso observar que o medo
daquelas feras foi capaz de desencadear em nosso organismo todas essas
mudanças e, em momento algum, tivemos medo dessas reações em nosso
corpo. Os próprios sentimentos não nos incomodam porque sabemos
exatamente a razão disso tudo. Eles fazem parte de nossa reação ao medo.
A reação do medo, também chamada de “luta ou fuga”, está no centro de
vários transtornos do comportamento (ou mentais), conhecidos como
transtornos de ansiedade. As sensações envolvidas na reação do medo
normal (como instinto de defesa) ou no ataque de pânico (sensação de
medo intenso, súbito e anormal) são exatamente as mesmas: taquicardia,
sudorese, aceleração da respiração, tremores, boca seca, formigamentos,
calafrios etc. A única diferença – e esta é a grande diferença – é que,
no caso dos cachorros, nós sabemos exatamente por que reagimos daquela
maneira (por medo das feras). Já no pânico, por exemplo, nós não
conseguimos identificar um fator desencadeante ou um estímulo óbvio para
causar sentimentos tão fortes.
AS FORMAS DA ANSIEDADE PATOLÓGICA: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
O medo é um sentimento universal: todos sentem, e diversos estudos
demonstram ser uma emoção primária (inata) do ser humano, necessária
para proteção e perpetuação da espécie. Está incrustada em nosso DNA e
faz parte da nossa existência. Sua abrangência vai desde a decisão de
lutar ou fugir até o acúmulo traiçoeiro que deságua no estresse e na
ansiedade, levando ao esgotamento físico e mental. Como visto, um
estímulo que desperte o medo é capaz de, em frações de segundos, munir o
corpo inteiro de adrenalina e prepará-lo para uma rápida reação física.
As respostas físicas e mentais ao medo eram tão essenciais para a
sobrevivência de nossos antepassados primitivos que permanecem de forma
intensa e muito poderosa até os dias atuais. Infelizmente a manutenção
dessa resposta adaptativa, com tamanha intensidade, quase sempre se
torna inapropriada no mundo moderno. Afinal, ao evoluirmos, como espécie
e civilização, deveríamos ter deixado para trás a necessidade de uma
reação tão excessiva. No entanto, nossa reação ao medo continua a se
manifestar de forma quase idêntica àquela vivenciada pelos nossos
ancestrais mais longínquos.
Ao reagirmos, frequentemente de
forma exacerbada, aos contratempos e às dificuldades do dia a dia,
acabamos por adoecer, uma vez que o excesso de hormônios de estresse
(cortisol e adrenalina) pode ocasionar aumento da pressão arterial, doen
ças cardíacas, enxaquecas, alergias, úlceras, pânico, fobias, entre
outros. O que, nos tempos primitivos, era um supersistema de proteção,
essencial para o homem da época, transformou-se em uma poderosa arma,
cuja potência o homem moderno tem de aprender a desativar ou, pelo
menos, a reduzir seu poder de fogo. Sendo assim, existem casos nos quais
essa reação perde sua função protetora e ganha força e status de uma
situação definitivamente ameaçadora dentro da mente.
Se
observarmos as pessoas, de modo geral, podemos perceber que o nível de
ansiedade é um traço que caracteriza a personalidade de cada um. Desta
forma, vemos pessoas com atitudes mais tranquilas diante de situações de
perigo ou ameaçadoras. Em contrapartida, percebemos, em outras,
atitudes exacerbadas diante das mesmas situações ou, no mínimo, bastante
similares. O momento exato em que manifestamos ansiedade (o chamado
estado de ansiedade) pode ser considerado um momento de ruptura ou
quebra em relação à nossa condição emocional básica. Esta quebra nos faz
cair em uma espécie de abismo, no qual experimentamos desconforto
emocional intenso.
É possível estabelecer a velha dialética
entre o ser e o estar. Ser ansioso é possuir sensação de tensão,
apreensão e inquietação, dominando todos os demais aspectos de nossa
personalidade. Estar ansioso é tudo isso acompanhado por manifestações
orgânicas tais como palpitações (taquicardia), suor intenso (sudorese),
tonturas, náuseas, dificuldade respiratória, extremidades frias etc.
Assim, os transtornos de ansiedade correspondem aos estados de
ansiedade (estar ansioso) em indivíduos que possuem uma personalidade
ansiosa de fundo ou base (ser ansioso). Logo, fisiologicamente pensando,
quando o ser se une ao estar em uma personalidade já ansiosa, estados
severos de desconforto e sofrimento são gerados.
Os transtornos
de ansiedade são os rebentos, não desejados, de um casamento que sempre
terá de evoluir para um divórcio, às vezes doloroso, mas sempre
libertador. Eles podem assumir múltiplas formas, porém todos possuem uma
matriz comum, que é a personalidade ansiosa. Esta constatação que, à
primeira vista, parece relativamente óbvia só teve seu reconhecimento
pela ciência médica há muito pouco tempo, quando se criou o termo
espectro da ansiedade, que agrupou os diferentes transtornos sob um
mesmo teto.
Segundo a Associação de Psiquiatria Americana
(APA), os transtornos de ansiedade* são vários, e a principal
característica deles, além da presença de ansiedade, é o comportamento
de esquiva, ou seja, a pessoa tende a evitar determinadas situações nas
quais a ansiedade exacerbada pode deflagrar. Dentro desse leque, o medo
patológico pode se manifestar de diversas formas e em graus de
intensidade diferentes, tais como:
Súbitos ataques de pânico, que podem evoluir para o transtorno do pânico.
Fobia social ou timidez patológica, na qual as pessoas percebem
ameaças potenciais em situações sociais e em exposição em público.
Medos diversos ou fobias simples, cuja ameaça provém de estímulos bem
específicos (animais, lugares fechados, chuvas, avião etc.).
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), quando vivemos
experiências traumáticas significativas (sequestros, perdas de entes
queridos, acidentes etc.).
Transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), que se caracteriza por um estado permanente de
ansiedade, sem qualquer associação direta com situações ou objetos
específicos.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), no qual a
mente é invadida por pensamentos intrusivos e sempre de conteúdo ruim
(obsessões), que desencadeiam rituais repetitivos e exaustivos
(compulsões), na tentativa de exorcizar tais ideias.
Todos eles
têm em comum a presença de sintomas físicos (taquicardia, sudorese,
tontura, cólica, náusea, falta de ar) e sintomas psíquicos (inquietação,
irritabilidade, sobressalto, insegurança, insônia, dificuldade de
concentração, sensação de estranheza).
Além dos transtornos
anteriormente citados, outras patologias também são descritas em manuais
específicos de classificação de doenças mentais e fazem parte dos
transtornos de ansiedade. Contudo, não serão objetos deste livro, uma
vez que me propus a desvendar ao leitor somente aqueles com os quais me
deparo com mais frequência na prática clínica e que considero de maior
relevância.
Os transtornos de ansiedade ocorrem com uma
frequência muito alta na população em geral. Recentes estudos
norte-americanos, de abrangência significativa, revelaram que 25% das
pessoas apresentam algum tipo de transtorno de ansiedade ao longo de
suas vidas. A primeira reação diante dessa estatística é assustadora;
afinal, trocando em miúdos, o que eles evidenciaram é que um quarto da
população mundial sofre ou sofrerá algum tipo de transtorno ansioso
durante toda a sua existência. Mas, infelizmente, esses dados refletem e
atestam a mais absoluta realidade.
O que pode deixar as
pessoas com a “pulga atrás da orelha” em relação a um percentual tão
grande assim é o fato de que grande parte dos indivíduos que apresentam
transtorno de ansiedade não procura tratamento, além de tentar esconder
seus sintomas das outras pessoas. Isso não é muito difícil de explicar,
uma vez que os transtornos de ansiedade mais comuns são as fobias
simples, também chamadas de específicas (medo de insetos, animais etc.) e
a fobia social (medo de falar e de se expor em público). Se
considerarmos que muitos eventos sociais e o contato com animais podem
ser evitados, é provável que um número razoável de pessoas que sofram de
tais transtornos jamais procurará tratamento. Somente quando o medo
anormal (patológico) passa a interferir de forma acentuada no cotidiano
do indivíduo, com prejuízos concretos nos setores social, afetivo e
profissional, é que ele sente a necessidade de procurar ajuda
especializada.
DENTRO DESSE TÚNEL TEM LUZ
É preciso
ter em mente que todos os transtornos de ansiedade geram desconfortos ao
indivíduo, em maior ou menor grau. Sendo assim, é muito importante que
ele procure um especialista para estabelecer o diagnóstico e as
possibilidades terapêuticas adequadas. Somente o diagnóstico preciso do
transtorno (ou patologia) pode assegurar a terapia eficaz. Até porque a
ausência de resultados satisfatórios afasta o paciente. Como “bom”
ansioso, ele tem pressa, necessidades exacerbadas e muita ansiedade para
utilizar pílulas milagrosas.
Tanto os médicos quanto os
psicoterapeutas precisam de muito empenho e dedicação, pois, em alguns
casos, ocorre uma grande dificuldade em se estabelecer o tratamento mais
adequado para cada forma específica de ansiedade e para cada paciente.
Casos mais complexos são aqueles em que o transtorno de ansiedade está
associado a outros quadros patológicos, como a depressão ou o consumo
abusivo de álcool e/ou outras substâncias causadoras de dependência
física e psicológica.
Em relação ao álcool, de certa maneira, é
fácil entender a razão dessa parceria: a bebida alcoólica é capaz de
atenuar o estado de tensão contínua, proporcionando alívio momentâneo e
aparente para essas pessoas. No entanto, esse alívio imediato tem um
preço. À medida que o tempo passa, pode se tornar “caro demais”, pois o
álcool, a curto, médio e longo prazos, é capaz de cobrar juros na forma
de insônia, ansiedade mais intensa (especificamente na ressaca),
depressão, doenças físicas, e inflacionar nossa vida com uma dependência
química difícil de ser vencida.
Até pouco tempo atrás, os
transtornos de ansiedade possuíam poucas opções terapêuticas realmente
eficazes. Um dos grandes avanços ocorreu com a utilização dos
benzodiazepínicos – popularmente conhecidos como calmantes, e que
apresentam tarja preta. Todavia, eles não são eficazes em todas as
formas de transtorno de ansiedade e também agem apenas na supressão dos
sintomas, não exercendo influência sobre as causas do transtorno. Assim,
se nos restringirmos à utilização desses medicamentos, teremos a
desagradável surpresa de ver os sintomas indesejáveis retornarem, tão
logo o uso deles seja suspenso.
Felizmente, nos últimos anos,
tivemos boas e animadoras notícias em relação ao tratamento dos
transtornos de ansiedade, e hoje dispomos de um leque de possibilidades
medicamentosas. De mais a mais, o progresso ocorrido no campo das
terapias psicológicas de apoio foi significativo. A terapia
cognitivo-comportamental (TCC) provou ser capaz de mudar os esquemas de
pensamento que aprisionam essas pessoas aos seus próprios medos, além de
alterar o seu comportamento (atitudes) diante dos fatores de ansiedade
que desencadeiam.
Em relação às novas medicações, algo curioso
aconteceu: a constatação da frequente associação entre ansiedade e
depressão fez com que os pesquisadores estudassem o uso de substâncias
originalmente utilizadas como antidepressivos também para os casos de
transtornos de ansiedade. A boa surpresa foi que algumas dessas
substâncias se mostraram realmente eficazes em determinadas formas de
ansiedade patológica.
Atualmente podemos afirmar que em 80% dos
casos de transtornos de ansiedade é possível melhorar muito a qualidade
de vida das pessoas, e isso pode ser atestado pela satisfação que os
próprios pacientes demonstram. Após a conquista desse bem- -estar, é
muito importante que o paciente prossiga em sua terapia de manutenção,
pois essa prática é bastante eficaz na prevenção de recaídas.
E, como “em time que está ganhando não se mexe” e “canja de galinha não
faz mal a ninguém”, é “melhor prevenir do que remediar”!
* Descritos no DSM-IV-TR. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição. Texto revisto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário