Como
um dos mecanismos de defesa mais utilizados, a recusa em saber se
mostra como um dos mais frequentes. Ela é o correlato da tão frequente
recusa em crescer, permanente também no adulto. Na medida em que nada
queremos saber sobre nosso próprio
amadurecimento emocional, recusamos também fazer parte dos movimentos da
vida. Nos enclausuramos numa imagem - imagem de poder ou de desvalia -,
gastando esforços em manter viva uma imagem, a do equívoco que forjamos
sobre nós e para nós. Quando nos fixamos nessa posição, estamos apenas
na plateia da vida, atuando como se fossemos protagonistas fundamentais.
Não entramos na história, ficamos apenas como expectadores. Fingimos
ser o que não somos para que sejamos apenas aquilo que guardamos da
nossa própria imagem infantil.
- Evelin Pestana, Casa Aberta - Página
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