quarta-feira, 15 de maio de 2013

Palavras, apenas palavras

As palavras estão por aí, pelos ares. Sempre estiveram! Quando as perdemos sentimos um vazio doloroso. Às vezes elas (as palavras) têm o hábito de brincar de pique esconde, este é aquele momento em que ela está na 'ponta da língua' e fora da mente, se perdeu em algum lugar dentro de nós. Há pessoas que as guardam como um tesouro valioso, outras as desperdiçam inconsequentemente, já outras lançam-na 'aos porcos' e ainda aqueles que as utilizam no tempo certo, com sabedoria. Palavras descrevem coisas concretas facilmente e o abstrato depende muito de quem as domina. Ah! O abstrato... Como definir? O céu azul, é justo dizer que ele é infinito? O 'infinito' (termo) também limita. Afinal, descrever é limitar qualquer coisa ou pessoa. Necessitamos, dependemos, de descrições indescritíveis. O poeta R. Carlos queria dizer algo que com palavras era impossível se expressar. É possível descrever a beleza do vôo de um pássaro? Nunca estamos saciados de definições, pois continuamos à procura de novas versões. Estamos errados? Acredito que não! O que faltam são palavras para nossa imensa curiosidade e contínua busca de significados.

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