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terça-feira, 8 de julho de 2014

Que termos usar?


Imagem: Reprodução



Há muito todos pregamos a igualdade de gênero, etnia, cultura e condições genéticas. Assustou-se com a expressão ‘condição genética’? Isso pode ser um indício de que não tem utilizado as terminologias que promovam o respeito e valorização das pessoas. Temos ainda muito o que evoluir para viver uma sociedade justa. Podemos começar pelo que pronunciamos diariamente. Afinal, é ‘da abundância do coração que a boca fala’, já dizia o provérbio bíblico. Somos todos divididos em pequenos grupos, como que armazenados em pequenas caixas na sociedade – o que também é um grande equívoco e não merece nossa consideração nesse momento. Numa dessas “caixas” estão as pessoas com Síndrome de Down. E eles são a inspiração desse texto. Como se referir corretamente a esses cidadãos?
O Movimento Down, uma instituição que surgiu para reunir conteúdos e iniciativas que colaborem para o desenvolvimento de pessoas com síndrome, lançou recentemente um guia que esclarece dúvidas comuns das pessoas ao se referir a esses cidadãos. Fique atento a algumas dicas:
O que as pessoas costumam falar
O correto a dizer
Deficiente, inválido, doente e excepcional
Pessoa com deficiência
Portador de síndrome de Down, retardado e portador de retardamento mento mental
Pessoa com síndrome de Down
Doença genética
Condição genética
Pessoa especial, com necessidades especiais
Necessidades específicas
Trabalhadores com deficiência são melhores; pessoas com síndrome de Down são anjos, ingênuos e carinhosos
Evite estereótipos
Defeituoso, condenado, erro genético e anomalia
Palavras positivas ou neutras
O risco de ter uma criança com síndrome de Down
A probabilidade / as chances de ter uma criança com síndrome de Down

A Associação Olhar Down tem como objetivo tornar público e conhecido informações tão relevantes quanto essas. Estamos trabalhando por uma justiça e igualdade na prática, não apenas na teoria. Felizes os que tornam práticos os bons princípios que verbalizam! O uso de termos adequados é importante para enfrentar preconceitos, estereótipos e promover a igualdade e a inclusão desses indivíduos. Espalhe essa ideia!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Juizes diante do espelho


Imagem: Reprodução



Curioso como apenas uma sentença é capaz de ficar martelando em nossas mentes. ‘Respeite a todos, sem julgar quem “se dá ao respeito” ou não’. Como julgamos atos, pessoas, decisões! Somos juízes natos com constituições particulares. Podemos ser conservadores, liberais, neutros. Sempre de acordo com o que nos convém. Isso é demasiadamente perigoso. Os que se acham superiores por aceitarem modos de vida alternativos – se é que posso usar tal expressão - julgam os que não concordam e vice-versa. Estamos todos errados, no final das contas. De que vale o livre arbítrio? Somos todos cidadãos livres, nos aprisionamos nas cadeias que escolhemos. Aliás, grande bobagem essa de separar tudo em pequenas e reservadas caixas. O mais interessante seria entrarmos em acordo. E mais uma vez a palavra equilíbrio aparece em minhas considerações. O equilíbrio resulta em respeito. E respeito nada tem a ver com tolerância. Tolerar me remete uma situação pesada, insustentável. Aquela ‘coisa’ que você é obrigado aguentar, suportar. Esse é outro grande perigo! Suportar é como ter uma granada sem pino nas mãos. Em algum momento ele explodirá e destruirá tudo que conseguiu manter até aquele derradeiro momento. Agora o respeito é diferente. O respeito envolve compreensão. É não concordar com algo, mas deixar de lado a faceta humana tão mesquinha que é julgar bom, ou ruim, a decisão alheia. Na verdade, podemos ser, sim, grandes juízes. Mas sempre em frente ao espelho, consigo mesmo. Afinal, apenas você sabe o tamanho de suas dores, angústias, alegrias, amores, desamores, sonhos, desilusões. Você é o principal responsável por si. Ninguém pode decidir e viver por você. Desde muito pequeno minha avó dizia sabiamente, sem ter diploma de Filosofia: ‘Quem muito cuida da vida alheia se esquece de ajustar seus próprios passos.’ Nunca vou me esquecer! Mas discorrendo sobre o assunto acabo percebendo que estou naturalmente julgando quem julga e caindo no mesmo erro dos meus réus particulares. Mas refletir sobre o assunto é inevitável. Não desejo levantar nenhuma bandeira pró qualquer campanha específica. Quero apenas que cada indivíduo viva sua vida sem ferir o direito e espaço do outro. E eis que nos deparamos ‘num bico de sinuca’! Como determinar esse limite? Quer saber, deixa para outro dia porque esses pensamentos já estão embaralhando minha cabeça.