sábado, 15 de outubro de 2016

Carta Aberta Aos Professores


                         Resultado de imagem para maçã dia dos professores




Eis que chegou o Dia dos Professores! Muitos acreditam ser um dia de comemoração, já outros de reflexão. Professor comemora mesmo é com a vitória pessoal e profissional, com o crescimento e a felicidade de seus alunos. Até nisso somos abnegados. Cedemos, doamos sempre. Estamos cansados, somos desrespeitados, somos desvalorizados diariamente e, ainda assim, não desistimos. Não desistiremos.
“O saber da nossa espécie, a humana, não se transmite pela genética, mas sim pela linguagem. Os professores são especialistas nesta transmissão”, sentenciou Alfredo Jerusalinsky, psicanalista e doutor em Psicologia da Educação e Desenvolvimento Humano. Sabemos como é viver a prática da linguagem. O transmitir saber nos move. Saber, sim. Saber é diferente de conhecimento. Se fosse apenas transmitir conhecimento, a internet teria nos substituído. Não pensamos em vida confortável, rica e luxuosa. Se assim fosse, estaríamos frustrados ou escolheríamos outra profissão. Se tivéssemos medo das ameaças dos que desejam manter tudo como está, ou piorar o que já é ruim, não sairíamos de casa. Desejamos o melhor e alcançaremos com a persistência. É por amor que resistimos. É por amor. O amor que move tudo que há de mais puro, belo e profundo nessa vida.
Professores, nunca saberemos quantas vidas transformamos, mas todas as vidas transformadas se lembram de nós e saberão da nossa importância em suas vidas. Conceição, Maria Angélica, Geuza, Joana, Nilmar, Cláudia, Jovano, Irani, Erivelton, Marcelo, Fábio, Maria Helena, Adriano, Vilmara e tantos outros, gratidão sempre pelo saber, pela luta diária, pelo pensar revolucionário!
Continuamos a matar leões diariamente. Prosseguiremos a enfrentar os desafios que nos cabem: a desvalorização; a remuneração abaixo do básico; a instabilidade; a carga horária exaustiva; a infraestrutura que deixa a desejar; a autoridade questionada por pais, alunos e outros; a indisciplina; a ofensa verbal; a cobrança por desempenho. Trabalhamos conscientes, mas sem nos acostumar. Nossa indignação é uma maneira de saber que continuamos ativos e temos esperança.
Por que não desistimos mesmo?! Nossas colegas de classe lembram-nos o motivo:
“Dizem por aí que ninguém se torna professor, mas nasce com esse vírus. Acho mesmo que nasci para ser professora, para ficar na retaguarda e empurrar a moçada para frente, para acender lamparinas para que os alunos as transformem em fogueiras. Acredito que um país só progride pela educação de seu povo: a escola é a verdadeira revolução.” – Patrizia Bergamaschi
“Quando um aluno sorri para mim por eu tê-lo ajudado com alguma dificuldade, seja ela qual for, eu fiz parte de sua história e contribuí para que este conseguisse enxergar o seu lugar no mundo. Afinal, que mais pode ser um professor senão aquele que empresta o seu olhar para que o outro possa construir o seu olhar também?” – Caroline Ferrari
Ao infinito e além, Prezados Companheiros de Luta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário