
Eis que chegou o Dia dos
Professores! Muitos acreditam ser um dia de comemoração, já outros de reflexão.
Professor comemora mesmo é com a vitória pessoal e profissional, com o
crescimento e a felicidade de seus alunos. Até nisso somos abnegados. Cedemos,
doamos sempre. Estamos cansados, somos desrespeitados, somos desvalorizados
diariamente e, ainda assim, não desistimos. Não desistiremos.
“O saber da nossa
espécie, a humana, não se transmite pela genética, mas sim pela linguagem.
Os professores
são especialistas nesta transmissão”, sentenciou Alfredo Jerusalinsky,
psicanalista e doutor em Psicologia da Educação e Desenvolvimento Humano.
Sabemos como é viver a prática da linguagem. O transmitir saber nos move.
Saber, sim. Saber é diferente de conhecimento. Se fosse apenas transmitir
conhecimento, a internet teria nos substituído. Não pensamos em vida confortável,
rica e luxuosa. Se assim fosse, estaríamos frustrados ou escolheríamos outra
profissão. Se tivéssemos medo das ameaças dos que desejam manter tudo como
está, ou piorar o que já é ruim, não sairíamos de casa. Desejamos o melhor e
alcançaremos com a persistência. É por amor que resistimos. É por amor. O amor
que move tudo que há de mais puro, belo e profundo nessa vida.
Professores, nunca saberemos
quantas vidas transformamos, mas todas as vidas transformadas se lembram de nós
e saberão da nossa importância em suas vidas. Conceição, Maria Angélica, Geuza,
Joana, Nilmar, Cláudia, Jovano, Irani, Erivelton, Marcelo, Fábio, Maria Helena,
Adriano, Vilmara e tantos outros, gratidão sempre pelo saber, pela luta diária,
pelo pensar revolucionário!
Continuamos a matar leões
diariamente. Prosseguiremos a enfrentar os desafios que nos cabem: a
desvalorização; a remuneração abaixo do básico; a instabilidade; a carga
horária exaustiva; a infraestrutura que deixa a desejar; a autoridade
questionada por pais, alunos e outros; a indisciplina; a ofensa verbal; a
cobrança por desempenho. Trabalhamos conscientes, mas sem nos acostumar. Nossa
indignação é uma maneira de saber que continuamos ativos e temos esperança.
Por que não desistimos
mesmo?! Nossas colegas de classe lembram-nos o motivo:
“Dizem por aí que ninguém
se torna professor, mas nasce com esse vírus. Acho mesmo que nasci para ser
professora, para ficar na retaguarda e empurrar a moçada para frente, para
acender lamparinas para que os alunos as transformem em fogueiras. Acredito que
um país só progride pela educação de seu povo: a escola é a verdadeira revolução.”
– Patrizia Bergamaschi
“Quando um aluno sorri
para mim por eu tê-lo ajudado com alguma dificuldade, seja ela qual for, eu fiz
parte de sua história e contribuí para que este conseguisse enxergar o seu
lugar no mundo. Afinal, que mais pode ser um professor senão aquele que
empresta o seu olhar para que o outro possa construir o seu olhar também?” –
Caroline Ferrari
Ao infinito e além,
Prezados Companheiros de Luta!
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