terça-feira, 6 de agosto de 2013

Só tu, doce criança


Nas tuas mãos um papel
Pode ser de mil cores
Um soldado sem quartel
Ou um jardim com flores
*
Um avião que não pousa
Uma bala que não mata
Um cavalo sem arreata
Que não conhece senhor
*
Um irmão com quem tu brincas
À apanha, e ao pião
Um pão quente que tu trincas
Como só se trinca o pão
*
Pai que te faz companhia
Nos teus sonhos sempre belos
Uma mãe quente e macia
E que te afaga os cabelos
*
Tudo quanto a vista alcança
E possas imaginar
Que só tu doce criança
Consegues reinventar.
***
(Mário Margaride)

Nenhum comentário:

Postar um comentário