quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Luta contra o Tabagismo.




Em alguns anos o movimento antitabagista vem ganhando força, alcançando resultados significativos, tanto na prevenção da incidência e da prevalência do tabagismo quanto nos hábitos da população. Há 10 anos, aproximadamente, o ato de fumar era visto de forma positiva para a maioria da população onde era comum ouvir: “Nossa! Como seu filho cresceu já esta até fumando, hein?!” Fumar representava a maturidade alcançada, liberdade, independência, charme. Atualmente, tudo mudou de figura, muitos dos tabagistas sentem até vergonha do hábito de fumar e todo esse avanço foi possível através de duas grandes conquistas na última década. A primeira, em 2000, uma lei que proibira a publicidade de fumígenos nas grandes mídias, permitidas somente em cartazes e banners, mesmo assim dentro dos locais de vendas. Outra em 2003 que mesmo em eventos esportivos e culturais internacionais ficaria proibido a publicidade dos mesmos e logo veio a proibição do consumo em locais públicos e privados com exceção das áreas destinadas a esse fim.
                Foram desenvolvidas várias pesquisas para desenhar o perfil do tabagista onde foi descoberto que dentre os analfabetos, 72% são tabagistas, dos que estão no primário 52%, dos que estão no secundário 47% e dos universitários 46%, ou seja quanto maior a escolaridade menor a prevalência do consumo de tabaco. Outro dado importante é que 90% dos tabagistas adquiriram o hábito antes dos 19 anos. A idade média de iniciação do consumo é de 15 anos. Por isso, as ações do Programa de Controle do Tabagismo contemplam, com prioridade, jovens na faixa de 15 e 17 anos.
Quanto aos fumantes passivos, muitos dizem que eles têm mais prejuízos à saúde que o próprio tabagista, o que não é verdade, até porque além de respirar a mesma fumaça que o fumante passivo o tabagista inala a fumaça da tragada que possui mais 4000 tipos de substâncias tóxicas. Isso não significa que não faça mal à saúde do fumante passivo e sim que a interpretação do fato está errada, onde comparamos a saúde do não fumante à saúde do fumante passivo contrariando o que as pessoas na maioria pensam ser. Considere o exemplo, o risco da esposa não fumante de marido fumante ter um acidente coronariano é 25% maior que em esposas não fumantes com marido não fumante. No caso de crianças que são fumantes passivas há 14% maior risco de ataque de asma, se for o pai o fumante, ou 38% se for à mãe fumante. Se ambos forem fumantes o risco sobe para 48%, comparado à criança não fumante passiva.
                Hoje no município de Barbacena temos dois pontos de tratamento ao tabagismo na UBS Santo Antonio, e na UBS Santa Cecília e estamos trabalhando para que a nossa UBS, Funcionários, também tenha o grupo de atenção ao tabagista. O fato é: fumar não está com nada! Caso queira parar de fumar nos procure na Unidade de Saúde, ou vá a mais próxima de sua casa. Estratégia Saúde da Família por uma cidade sem cigarro!

Texto: Sávio Madeira Enfermeiro ESF- Funcionários II Barbacena - MG

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