
Definitivamente, não nascemos para viver um amor
sereno, linear – não desejo generalizar, mas muitos de nós temos que reconhecer
isso. Gosto de dizer que somos protagonistas de nossas histórias, e somos. Estamos
habituados a acompanhar folhetins, séries e filmes em que o protagonista sofre
por seu grande amor durante toda a história e só é feliz no final, um momento
breve que dá a entender que é eterno, mas não acompanhamos. Afinal, estamos
condicionados, o fim é o fim e pronto. Talvez pensemos assim a respeito de
nossos amores. ‘Os conflitos deixam a chama da paixão acesa’, é o que muitos
defendem. O momento de paz não é válido, é preciso lutar – se engalfinhar – por
amor. Grande bobagem! Quantos amigos/as já disseram que terminaram a relação
porque ela/e era perfeito demais, quase não brigavam. Como se compreender o
outro fosse um defeito devastador. Na adolescência esse pensamento perecia ser
mais latente. Ouvíamos Paulo Ricardo, Renato Russo e outros, imaginávamos, e vivíamos,
histórias melodramáticas, mas o amor foi muito mais leve para quem amadureceu a
tempo. Sorte e competência deles. As histórias leves e equilibradas tem seu
valor, temos que saber valorizá-las. Viver um excelente e sereno amor não pode
estar condicionado apenas ao fim do folhetim que protagonizamos. O amor não
precisa ser turbulento e tumultuado. O amor pode, será e é uma brisa a quem
valoriza.
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