domingo, 29 de março de 2015

Amar não é sofrer




Definitivamente, não nascemos para viver um amor sereno, linear – não desejo generalizar, mas muitos de nós temos que reconhecer isso. Gosto de dizer que somos protagonistas de nossas histórias, e somos. Estamos habituados a acompanhar folhetins, séries e filmes em que o protagonista sofre por seu grande amor durante toda a história e só é feliz no final, um momento breve que dá a entender que é eterno, mas não acompanhamos. Afinal, estamos condicionados, o fim é o fim e pronto. Talvez pensemos assim a respeito de nossos amores. ‘Os conflitos deixam a chama da paixão acesa’, é o que muitos defendem. O momento de paz não é válido, é preciso lutar – se engalfinhar – por amor. Grande bobagem! Quantos amigos/as já disseram que terminaram a relação porque ela/e era perfeito demais, quase não brigavam. Como se compreender o outro fosse um defeito devastador. Na adolescência esse pensamento perecia ser mais latente. Ouvíamos Paulo Ricardo, Renato Russo e outros, imaginávamos, e vivíamos, histórias melodramáticas, mas o amor foi muito mais leve para quem amadureceu a tempo. Sorte e competência deles. As histórias leves e equilibradas tem seu valor, temos que saber valorizá-las. Viver um excelente e sereno amor não pode estar condicionado apenas ao fim do folhetim que protagonizamos. O amor não precisa ser turbulento e tumultuado. O amor pode, será e é uma brisa a quem valoriza.

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