terça-feira, 4 de março de 2014

Campinho

 - Fábio Chagas

E aí Vaguinho,
um dia voltei lá na rua
e já não havia campinho,
um dinossauro de pedra
guardava o palco de nossas aventuras
O que fizeram de nós,
o Dongo e o Juca,
Alex, Benito, Marcel e ceguinho,
e todos os outros valiosos amigos?
Éramos brancos, pretos e pardos,
descalços e esfomeados,
mas no último grande jogo,
derrotaram nossa história
e nossas camisas,
gremistas e coloradas,
porque o tempo e o dinheiro
não respeitam regras desportivas,
e nós, pequenos heróis,
já éramos gladiadores em luta pelo pão.
E assim fomos todos apagados,
como a chuva desfaz
os rabiscos do chão,
agora, tudo tão longe,
e nós, tão separados.
Um dia apareça,
eu vivo nalgum lugar da geografia,
mas um dia também volto
para redesenhar nosso velho campinho,
as partidas, as brigas, as descobertas,
e todas as glórias de nosso passado de guris.

O PAÍS DA LOBOTOMIA CARNAVALESCA (III): O GOZO DE SER ESTÚPIDO.



  - Wellington Fontes Menezes

Eis o país que estoca dentro da caixa craniana bunda ao invés do cérebro. A diferença fica sendo após a degustação de uma feijoada mais suculenta sendo capitaneada pela "casinha do alívio".

Referenciamos as pessoas mais idiotas, estúpidas, bandidas, isto inclui o fascínio cultural sadomasoquista ostentativo de boa parte das mulheres brasileiras por homens com mesmos princípios, com uma pitadinha de tesão se forem mafiosos ou crápulas que praticam atos ilícitos com meios de vida. Depois as mesmas reclamam da violência sofrida e todo o cabedal de lamúrias sobre o quanto os homens são "feios, bobos e maus". Neste premissa temos a velha falácia: "o outro é ruim, eu sou o anjo inocente".

Há uma distancia considerável entre senso crítico mais complexo e senso comum da banalização cotidiana. Acreditamos sempre achar que tudo é possível fazer, bastando ser "mais esperto" do o outro. Claro, o "jeitinho brasileiro" se transformou numa espécie de mantra da picaretagem genuinamente verde-amarelada.

De forma sintomática, o carnaval é a extrapolação da essência do ser sem que o Superego faça maiores pressões e tudo acaba em cinzas na quarta-feira, como tanta coisa neste Brasil de memória curta e responsabilidade social idem.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

"Custei a compreender que a fantasia
É um troço que o cara tira no carnaval
E usa nos outros dias por toda a vida."
 
 - Aldir Blanc e João Bosco

Teste de civilidade - Flash Mob - Reciclagem













  Muitos esperam ser reconhecidos por suas realizações, mas admiro e
reconheço aqueles que não se importam com isso. A questão do ambiente é
muito relevante, principalmente, no período em que vivemos. Precisamos
incentivar nossas crianças, pais, amigos, conhecidos. Afinal, todos
habitamos esse espaço. Bela iniciativa do projeto do vídeo abaixo. Veja!
















Que não falte bons sentimentos. Que nos falte egoísmo. Que nos sobre paciência. Que não nos falte esperança. Que cada caminho escolhido nos reserve boas surpresas. Que cada um de nós saiba ouvir cada conselho dado por uma pessoa mais velha. Que não nos falte vontade de sorrir. Que nenhum de nós se esqueça da força que possui. Que não falte fé e amor.
 - Daniel Rissi

O Poeta da Pedroso - A desigualdade Social no Brasil