
Vacilamos! Todos os dias, insistentemente. Vacilamos quando não damos
ouvidos aos nossos pais, especialmente, na fase da adolescência. Vacilamos
quando nos apaixonamos perdidamente pela pessoa errada. Vacilamos quando não
reconhecemos, ou menosprezamos, um verdadeiro amigo. Vacilamos mais ainda
quando não escutamos os sinceros conselhos deste amigo. Vacilamos quando não
somos o adulto que queríamos ser quando criança, a pessoa da qual nos
orgulharíamos. Vacilamos quando esquecemos, ou adiamos o envio, de uma mensagem
de ‘Boa Noite!’. E continuamos a vacilar, constantes e (in)consequentes.
Permitimo-nos ser influenciados por más ações, nos estressar por problemas que
não nos cabem, por exagerar sentimentos, por esperar demais ou por ser
imediatistas. Simplesmente vacilamos por causar dor do outro, por preocupar o
outro, por julgar o outro (e essa história de juiz é pesado e perigoso).
Vacilamos por egoísmo, por orgulho, por excesso de experiência - ou a falta
dela. Vacilamos quando temos dificuldade de agir de acordo com a lei, apesar de
não estarmos rodeados de bons exemplos. Vacilamos por não lutar para ser um bom
exemplo. Vacilamos quando desejamos fazer justiça com as próprias mãos,
desrespeitando o próximo. Vacilamos quando moldamos o mundo à nossa maneira,
quando rotulamos, quando perdemos a paciência no momento que mais precisamos
demonstrar. Vacilamos quando desistimos de nossos bons objetivos no meio do
caminho por medo, insegurança, impaciência, influências negativas ou
ignorância. Vacilamos quando festejamos a desgraça alheia. Eu vacilo. Tu
vacila. Nós continuamos vacilando e incomodando. A palavra vacilo está tatuada
em nossa alma, em nosso ser – visível ou não. Sejamos juízes de nós mesmos,
decerto teremos uma vida mais significativa.
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