quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sou uma permanente construção



Imagem: Reprodução







‘Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo, Eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo’, poetizou o português Fernando Pessoa. Por isso, tenho certeza que eu não sou que penso e muito menos quem um terceiro olhar imagina. Sou um mosaico. Sim! Um mosaico de sentimentos, emoções, sensações. Sou um pouco da personalidade da minha mãe e pouco do meu pai, por ausência. Sou um pouco do amor inocente da Amanda, da amizade pura de Douglas, do amor despercebido de Roberta. Sou muito dos gostos musicais de Robson, do desprendimento de Ju, do amor inexplicável de Milza, da humildade de Josina. Sou um fragmento da jovialidade de Pablo, seriedade de Edna e interesse de Wallace. A vida seguia e o mosaico foi se formando. Com o tempo adquirimos a serenidade de Carminha, o amor platônico e super amizade de Viviane, criamos laços fraternais com Ricardo, admiramos o bailar de Fabiana, a desenvoltura de Luiz, a graciosidade de Nathalia, o olhar sereno de Débora. Porque não citar o amor por lápis?! A vontade de fazer parte de algo grandioso, que estivesse revestido de amor. Então se aprende o autocontrole com Júnior, a forma singela de Kenne, a maneira misteriosa de Will, a sinceridade de Daniela, a responsabilidade de Paulo. Sou uma parcela da alegria de Rose, da inteligência de Sheila, da timidez de Juliane, do foco de Cristiane. Um pouco da rebeldia dos Fábios, do sentimentos maternal de Maria Helena, do desejo de viajar de Jóice, do casamento com Karina, das loucuras respeitosas de Pablo, do silêncio de Reginaldo, do jeito operístico de Cláudia, da garra de Fabiane, da calma de Kélvia. Ocasionalmente, sou um tanto da euforia de Ivete, da poesia de Saulo, da incompreensão de Michael, da arte de Miguel. Sou uma mistura bem temperada de Ariana, de Marias, Wanderléa, Glauce, Juliana, Francys, Yaminnie, Willena, Sávio, Meire, Celso, Thanee. Sou o olhar observador de Paulo, Henrique, Moacyr, José, Rogers. Sou sempre uma versão jovem de Arthur, Dhavi, Laura, Fabrício, Rodolfo, Camila, Régis, Bruna. Sou a educação de Sâmila, Natércia, Aparecida, João, Carla, Fátima. Sou o sentimento paternal aflorado por Vítor, Maicon, Pablo, Rafael, Lucas, Pâmela. Sou o ressurgimento da pureza por Clara. Sou os olhos sigilosos de Rafael. Sou a vontade de estar no país das maravilhas de Alice. Sou a luta de Gesiane. Sou parte da coragem de kamberly e Bruno. Sou, ou gostaria de ser, as altas aventuras de Jhonatan.  Sou tantos e apenas um. Talvez um nada. Um mosaico sem valor. Ainda em construção, pois ainda serei muito dos que estão por vir. Não por falha, ou falta, de personalidade. Mas por me reinventar a cada dia. Afinal, é disso que é feita nossa existência, não vamos nos iludir!

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