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A chuva sempre passa. O sol vem a seguir como que brindando tudo que
passou, mesmo que a tempestade tenha sido assustadora. E nós esquecemos o tempo
ruim. Na verdade a, tempestade apagou a poeira dos nossos corações ressecados.
As lágrimas, na verdade, tem essa função. Parecem ruins, mas são necessárias. Já
nos desabituamos ao eterno, apesar de professá-lo aos quatro cantos. Amores,
amizades, todas as formas de relações em algum momento findam. E dolorosa é a
transição. Muitos de nós fantasiamos demais o que era para ser rotina. Achamos impressionante
o que era para ser fundamental. Paciência, generosidade, cumplicidade,
serenidade, amor, carinho. Temos medo de expressar, mas esperamos ser alvo do ‘fundamental’.
Uma relação no começo é caracterizada pela intensidade, esquecemos que o
equilíbrio é ainda mais importante. Seria o equilíbrio o segredo para a
eternidade? A resposta positiva a essa pergunta nos caracterizaria como
desequilibrados emocionais? É! Temos que encontrar o nosso prumo para nos encostar
em outro ser. Não queremos nos enganar. Tudo indica que a transição mais
difícil que passamos é a do autoconhecimento. Apenas assim saberemos o que
estamos procurando e esperando do nosso par. E isso também se deve dar no caso
do ser que encontrarmos. Quando tudo estiver equilibrado não haverá enganos. Os
olhos dirão o que a boca não precisa pronunciar. Esse ser dirá seu nome de
maneira tão íntima que será como se aquela voz estivesse saindo do seu
interior, do seu ser secreto. Vocês se cuidarão tão generosamente que será como
se nunca estivessem estado longe um do outro. Saberão o que realmente significa
ser apenas um. E a chuva terá servido para regar, florescer e deixar as pétalas
de seu amor ainda mais bela. O passado arrasador não terá existido.
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